terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Seção Especial 1: Teoria da Evolução e o Evangelho de Jesus Cristo

Na minha adolescência fiz essa pergunta: "onde a teoria de Darwin se encaixa no evangelho?"  Eu adorava dinossauros dês de pequeno. No lar e na Igreja aprendi que o Senhor criou a Terra em seis períodos de tempo – inclusive criou o homem – sim, o homem foi criado à imagem de Deus – sendo que Adão e Eva foram os primeiros mortais. Todavia, deparei-me com a teoria de Darwin e obviamente perguntei-me se ela era verdadeira. Nos termos em que me foi ensinada a teoria darwiniana, Adão era excluído (e visto como um lenda ou mito) para dar lugar a hominídeos, semelhantes a macacos.


A Teoria de Charles Darwin


A Teoria de Charles Darwin esta bem resumida a seguir:

"Charles Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.

Os princípios básicos das ideias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
·         Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, idênticos entre si.
·         Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.
·         O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.
·         Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.
·         Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
·         Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
·         Assim , ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio."


O Neodarwinismo


A teoria de Darwin causou um grande tumulto no mundo científico, filosófico e religioso. Isso porque, ela possibilitou que alguns a utilizassem para endossar uma visão alternativa da origem da vida no planeta. Tomando por base a teoria de Darwin, vários cientistas a "aperfeiçoaram", devido a novas descobertas ao longo dos anos. Essa teoria aperfeiçoada chama-se Teoria Sintética da Evolução.

"A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança por meio da mistura de sangue pelo conceito de herança por meio de partículas: os genes.

Esta teoria baseia-se em [cinco] processos básicos da evolução: mutação, recombinação, genética, seleção natural, isolamento reprodutivo.

Os três primeiros são responsáveis pelas fontes da variabilidade; os dois últimos orientam as variações em canais adaptativos.

Pontos básicos da teoria moderna:
a) As variações de uma espécie dependem de mutações.
b) As mutações ocorrem ao acaso.
c) A luta pela vida dá-se entre os indivíduos e o meio ambiente.
d) Da luta pela vida, resulta a seleção natural dos mais aptos ou adaptados às condições do meio.
e) O isolamento geográfico ou sexual impede que as características do tipo novo misturem-se com as características do tipo primitivo."


A Doutrina da Criação


O Manual Princípios do Evangelho explica: " Sob a direção do Pai, Cristo formou e organizou a Terra. Separou a luz das trevas para fazer o dia e a noite. Formou o sol, a lua e as estrelas. Dividiu as águas, separando-as da terra seca, formando mares, rios e lagos e fez a Terra bela e produtiva. Fez a grama, as árvores, flores e outras plantas de todas as espécies. Essas plantas continham sementes das quais novas plantas seriam geradas. Depois criou os animais — os peixes, o gado, os insetos e pássaros de todas as espécies. Esses animais tinham a capacidade de reproduzir sua própria espécie. A Terra ficou então preparada para a maior de todas as criações — a humanidade. Nosso espírito receberia um corpo de carne e sangue para viver nesta Terra. “E eu, Deus, disse ao meu Unigênito, que estava comigo desde o princípio: Façamos o homem a nossa imagem, segundo nossa semelhança; e assim foi” (Moisés 2:26). E, dessa forma, o primeiro homem, Adão, e a primeira mulher, Eva, foram criados e receberam corpos que se assemelhavam àqueles de nossos pais celestiais. “À imagem de Deus os criou: homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). Ao terminar Suas criações, o Senhor agradou-Se do que havia feito, reconheceu que Sua obra era boa e descansou por algum tempo." ("Criação", pg. 24)

A Criação como atestada por três registros sagrados – Gênesis 1-2, Moisés 2-3 e Abraão 4-5 – e também como ensinado nos Templos da Igreja de Jesus Cristo – é fato básico aceito pelos membros da Igreja e, conforme explicou o Élder Bruce R. McConkie, é um dos "pilares da eternidade" para se compreender o plano de salvação e propósito do homem na Terra[1].

Origem da Vida sem uma força criadora dispensa a crença em Deus. Porém se "não existe Deus, nós também não existimos nem a terra; pois não poderia ter havido criação, nem para agir nem para receber a ação; portanto, todas as coisas inevitavelmente teriam desaparecido." (2 Néfi 2:13)

É nossa crença que aqueles que proclamam que Deus não existe não têm nenhuma prova, a não ser suas próprias palavras (Alma 30:40). Nós, porém, temos todas as coisas como testemunho que Deus vive (Alma 30:41)

Temos "o testemunho de todos [os] irmãos, assim como o dos santos profetas", temos "as escrituras (...) diante de [nós], sim, e todas as coisas mostram que existe um Deus; sim, até mesmo a terra e tudo que existe sobre a sua face, sim, e seu movimento, sim, e também todos os planetas que se movem em sua ordem regular testemunham que existe um Criador Supremo."

O Élder M. Russell Nelson, após demonstrar algumas das dádivas do corpo físico que Deus nos deu, disse:

"Todo aquele que estuda o funcionamento do corpo humano sem dúvida “viu Deus movendo-se em sua majestade e poder”. Como o corpo é governado por lei divina, toda cura vem pela obediência à lei na qual aquela bênção se baseia.

No entanto, algumas pessoas erroneamente pensam que esses maravilhosos atributos físicos aconteceram por acaso ou como consequência de um grande “big bang” ocorrido em algum lugar. Perguntem a si mesmos: “Poderia a explosão de uma gráfica produzir um dicionário?” A probabilidade de que isso ocorra é extremamente remota. Mas se isso acontecesse, ele jamais conseguiria reparar as próprias páginas rasgadas ou reproduzir as próprias novas edições!" ("Graças Demos a Deus", Conferência Geral de Abril de 2012, fonte: http://www.lds.org/general-conference/2012/04/thanks-be-to-god?lang=por)

Através da doutrina da Criação aprendemos que as formas de vida foram planejadas e organizadas por Deus. Surgiram sem acidentes, sem traumas - em um processo divino, cuidadosamente elaborado.


Fatos X Teorias


O Élder Richard G. Scott disse: " Existem duas maneiras de encontrarmos a verdade - ambas úteis, desde que respeitemos as leis nas quais se baseiam. A primeira é o método científico. Ele pode exigir a análise de dados para confirmar uma teoria ou, como alternativa, pode comprovar se um princípio é válido através da experimentação. O método científico é uma maneira válida de buscar a verdade; entretanto, tem duas limitações: Primeira, nunca
podemos ter a certeza de ter identificado uma verdade absoluta, embora nos aproximemos dela cada vez mais. Segunda, às vezes, por mais criteriosos que sejamos na aplicação do
método, podemos ainda obter a resposta errada.

A melhor maneira de encontrarmos a verdade é simplesmente ir à fonte de toda a verdade e pedir inspiração ou seguir a inspiração que recebemos. Para sermos bem-sucedidos, dois ingredientes são essenciais: Primeiro, fé inabalável na Fonte de toda a verdade; segundo, a determinação de guardar os mandamentos de Deus a fim de manter aberta nossa comunicação espiritual com Ele." ("A Verdade: Alicerce das Decisões Corretas", A Liahona, Novembro de 2007, pg. 90)

Élder Scott disse também: "Vemos que o método científico trouxe uma expansão extraordinária de nossa compreensão à medida que o Senhor inspirou pessoas talentosas, que podem até não compreender quem criou essas coisas e com que propósito. Muitas delas talvez nem mesmo reconheçam tal inspiração nem dêem crédito a Deus pela origem de suas descobertas. Senti-me reconfortado há pouco tempo quando o Presidente Henry B. Eyring contou uma experiência que seu talentoso pai teve em uma reunião com outros cientistas proeminentes. Ele lhes perguntou se suas pesquisas indicavam a existência de uma inteligência organizadora superior. Todos confirmaram sua convicção de que tal inteligência existe."  ("A Verdade: Alicerce das Decisões Corretas", A Liahona, Novembro de 2007, pg. 91)

Quando um cientista afirmar ter descoberto um fato fique atento: ele descobriu, na realidade, uma indicação, uma aparência de verdade. Tanto é assim, que embora ele possa crer individualmente que aquilo é certo e verdadeiro, diante de uma plateia de outros acadêmicos, apresentará suas convicções como hipóteses, passiveis de crítica.

Para saber a "verdade de todas as coisas" temos que buscar orientação Daquele que sabe todas as coisas. O Senhor é quem sabe todas as coisas (Palavras de Mórmon 1:7), o Espírito Santo também sabe todas as coisas (D&C 35:19). De fato, o "Espírito fala a verdade e não mente. Portanto fala de coisas como realmente são e de coisas como realmente serão (...)"  (Jacó 4:13).

A receita para se obter revelação, conhecimento do alto, é a mensagem e a promessa mais repetida das escrituras: "pedi e recebereis" (João 16:24, 3 Néfi 27:29, D&C 4:7, D&C 49:26, D&C 88:63, D&C 103:31, 35, entre outras).

O Salvador disse: "Pedi ao Pai, em meu nome, com fé, acreditando que recebereis, e tereis o Espírito Santo, que manifesta todas as coisas que são convenientes aos filhos dos homens." (D&C 18:18)

Quando o Espírito fala podemos ter certeza que falou a verdade.


Perguntas Diferentes, respostas complementares


O desejo de Deus é revelar-nos a verdade. "Eu, o Senhor, sou misericordioso e benigno para com aqueles que me temem e deleito-me em honrar aqueles que me servem em retidão e em verdade até o fim. Grande será sua recompensa e eterna sua glória. E a eles revelarei todos os mistérios, sim, todos os mistérios ocultos de meu reino desde a antiguidade; e por eras futuras dar-lhes-ei a conhecer a boa disposição de minha vontade concernente a todas as coisas relativas a meu reino. Sim, até as maravilhas da eternidade conhecerão e coisas futuras mostrar-lhes-ei, sim, coisas de muitas gerações. E sua sabedoria será grande e seu entendimento alcançará os céus; e diante deles a sabedoria dos sábios perecerá e o entendimento dos prudentes se desvanecerá. Porque pelo meu Espírito os iluminarei e pelo meu poder dar-lhes-ei a conhecer os segredos de minha vontade - sim, até as coisas que o olho não viu nem o ouvido ouviu e ainda não entraram no coração do homem." (D&C 76:5-10)

A verdade é una e pode ser toda ensina por Deus. A verdade resistirá e permanecerá. O descobrimento da verdade e sua correta utilização é o que conduz a felicidade eterna[2]. Todo cientista que descobriu uma parcela ou parte da verdade foi ensinado por Deus. Mediante ao poder do raciocínio que Deus nos deu, as oportunidades de tempo e talento – e as condições de vida – e a maravilhosa Luz de Cristo que nos dá entendimento e inspiração – descobertas são feitas, divulgadas e utilizadas – conduzindo a maior bem-estar.

O Presidente Brigham Young disse: "Estejam sempre dispostos a receber a verdade, venha de onde vier, não faz a menor diferença. Não importa se receberam o evangelho por intermédio de Joseph Smith ou de Pedro, que viveu no tempo de Jesus. Recebam-no prazerosamente, quer seja de um homem quer de outro. Se Deus chamou um indivíduo e o enviou a pregar o evangelho, isso é o que me basta saber. Não importa quem seja, tudo o que desejo é conhecer a verdade.”

Ele também disse: "O chamado “mormonismo” abrange todos os princípios concernentes à vida e a salvação, para o tempo e eternidade. Não importa quem possua a verdade. Se os pagãos têm alguma verdade, ela pertence ao “mormonismo”. A verdade e a sã doutrina que o mundo sectário possui—e eles as têm em grande medida — pertencem todas a esta Igreja. No que concerne à moralidade, muitas pessoas são tão boas quanto nós. Tudo o que é virtuoso, amável e louvável pertence a esta Igreja e reino. O “mormonismo” abrange toda a verdade. Não existe verdade que não pertença ao evangelho. Ele é vida, e vida eterna; é uma felicidade abençoada. É a plenitude de todas as coisas nos deuses e nas eternidades dos deuses. (...) Quero dizer a meus amigos que cremos em tudo o que é bom. Se puderem encontrar uma verdade nos céus, na Terra ou no inferno, ela pertence a nossa doutrina. Nela cremos; ela nos pertence; nós a reivindicamos" (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, pg. 16-17). Ele disse ainda: "Toda descoberta científica ou artística realmente verdadeira e útil para a humanidade foi dada por meio de revelação direta de Deus, embora poucas pessoas reconheçam esse fato. Foram dadas com o propósito de preparar o caminho para a vitória final da verdade e para redimir a Terra dos poderes do pecado e de Satanás." (DBY, p. 18) O Presidente John Taylor ensinou: "O homem que está em busca da verdade não se apega a um único sistema, não defende um único dogma nem adota uma única teoria. Abraça todas as verdades, e a verdade, como o Sol no firmamento, brilha e alumia toda a criação com os seus raios resplandecentes. Se os homens se despirem de todos os preconceitos e procurarem a verdade com ardor, meticulosamente, irão encontrá-la em tudo o que estudarem."

A verdade, porém, pode ser vislumbrada por diferentes pontos de vista. Ela pode ser abordada de maneiras diversas. Quando se trata da criação da Terra o cientista normalmente irá se se perguntar "como?", porém, o teólogo  "porquê?".

O Élder Scott contou algumas das maravilhas que a abordagem científica nos revelou: “O que aprendemos sobre a abordagem científica de descoberta da verdade? Vamos ilustrar com um exemplo. Por mais que tente, não consigo, nem no mínimo grau, compreender a extensão, a profundidade e a maravilhosa majestade daquilo que nosso Santo Pai Celestial, Eloim, permitiu que fosse revelado pelo método científico. Se pudéssemos contemplar a Terra do espaço sideral, a veríamos primeiro como os astronautas viram. Mais além, teríamos uma visão privilegiada do sol e dos planetas que o orbitam. Eles pareceriam um pequeno círculo de objetos contra um fundo imenso de fulgurantes estrelas. Se continuássemos nessa trajetória, teríamos uma visão celestial da espiral da nossa Via Láctea com mais de 100 bilhões de estrelas girando em órbitas circulares em torno de uma densa região central, controladas pela gravidade.

Mais além, veríamos o grupo de galáxias do aglomerado de Virgem que, de acordo com alguns, inclui a Via Láctea e que se estima estar cerca de 50 milhões de anos-luz daqui. Além dela, a 10 bilhões de anos-luz de distância, encontraríamos as galáxias fotografadas pelo telescópio Hubble. A enormidade estonteante dessa distância é percebida quando se sabe que a luz viaja a 300 mil quilômetros por segundo. Mesmo com essa perspectiva extraordinária, não há a mínima evidência de que nos aproximaríamos de algum limite das criações de Deus, o Pai.

Por mais que essa incrível visão dos céus nos deixe maravilhados, há outra consideração igualmente capaz de confirmar os insondáveis poderes de nosso Pai Celeste. Se nos deslocássemos na direção oposta para explorar a estrutura da matéria, poderíamos ver de perto a dupla espiral da molécula do DNA, que é a extraordinária estrutura auto-replicante que determina a composição do nosso corpo físico. Indo em frente, chegaríamos ao nível do átomo, composto de prótons, nêutrons e elétrons, dos quais já ouvimos falar. Se penetrássemos mais ainda os mistérios da estrutura mais básica da criação, chegaríamos ao limite de nossa compreensão atual. Nos últimos 70 anos, muito aprendemos sobre a estrutura da matéria. Desenvolveu-se um Modelo Padrão de Partículas e Interações Fundamentais que é a base dos experimentos que comprovaram a existência das partículas fundamentais chamadas quarks e leptons. Esse modelo explica os padrões de aglutinação nuclear e de degradação da matéria, mas ainda não dá uma explicação satisfatória das forças gravitacionais. Além disso, há quem acredite que instrumentos mais potentes do que aqueles usados para obter nossa atual compreensão da matéria poderiam revelar outras partículas fundamentais. Portanto, existem mais criações do Pai Celestial a serem compreendidas cientificamente." ." ("A Verdade: Alicerce das Decisões Corretas", A Liahona, Novembro de 2007, pg. 90-91)


Como lidar com a Teoria da Evolução frente às verdades do Evangelho?


Um jovem da Igreja que terá uma prova na escola sobre a Teoria da Evolução, como ensinada tipicamente – a qual exclui um Deus criador não deve tentar, nessa ocasião, expressar seu desacordo. Ele deve procurar tirar uma boa nota, escrevendo o que lhe é exigido. Isso vale para todos os campos do saber. Vivemos em um mundo decaído e há muita falsidade. Quando uma teoria falsa for ensinada devemos ser sábios e cumprir os mandamentos de (1) não jogar pérolas aos porcos (Mateus 7:6, D&C 41:6), (2) dar a porção devida, no momento devido a cada homem (D&C 84:85), (3) não revelar os mistério de Deus (Alma 12:9-10), (4) ser modestos, claros e simples no falar (2 Néfi 25:7, 20; D&C 1:23), (5) seguir o Espírito ao ensinar (D&C 42:14,D&C 32:1) e (6) entender que os iníquos consideram a verdade dura e eles não a compreendem (1 Néfi 16:2). Haverá ocasiões em que poderemos defender com vigor a verdade. Devemos buscar essas oportunidades e falar com ousadia, mas sempre com a orientação do Espírito.

Além disso, por ser uma teoria em essência, o neodarwinismo pode (e irá) mudar – para incluir as verdades que já sabemos. Só precisamos aguardar.

Procuro “encaixar” a teria da evolução no contexto do evangelho da seguinte te maneira:

Primeiro devemos fortalecer nossa crença nas verdades do evangelho. Se algo nos for transmitido e estiver em oposição às verdades do evangelho, devemos refutar. Essa afirmação não é um apelo ao dogma e a cegueira. Antes de darmos tal crédito às crenças do evangelho devemos nos perguntar se são ou não verdadeiras. Mas após recebermos uma resposta satisfatória do Espírito Santo – que não mente – não devemos duvidar – se não, negaremos a base onde novas verdades seriam estabelecidas.

O Presidente Dieter F. Uchtdorf  disse:

"Como encontrar respostas para as dúvidas e perguntas?  Como vocês podem saber que o evangelho é verdadeiro? Há algum problema em termos dúvidas a respeito da Igreja ou de sua doutrina? Meus queridos jovens amigos, somos um povo questionador porque sabemos que as dúvidas nos conduzem à verdade. Foi assim que a Igreja começou: com um rapaz que tinha dúvidas. Na verdade, não sei como podemos descobrir a verdade sem fazer perguntas. Nas escrituras, raramente encontramos uma revelação que não foi dada em resposta a uma pergunta. Sempre que uma pergunta surgia, e Joseph Smith não tinha certeza de qual era a resposta, ele procurava o Senhor, e o resultado foram as maravilhosas revelações de Doutrina e Convênios. Muitas vezes o conhecimento que Joseph recebia ia muito além da pergunta original. Isso acontece porque o Senhor pode responder não apenas às perguntas que fazemos, mas o mais importante é que Ele pode responder às perguntas que deveríamos ter feito. Vamos dar ouvidos a essas respostas!

O trabalho missionário da Igreja se baseia em pesquisadores sinceros que fazem perguntas genuínas. O questionamento é a base do testemunho. Alguns podem sentir-se envergonhados ou indignos por terem dúvidas a respeito do evangelho, mas não precisam se sentir assim. Fazer perguntas não é um sinal de fraqueza, mas, sim, um precursor do crescimento.

Deus ordena que procuremos resposta para nossas dúvidas (ver Tiago 1:5-6) e pede apenas que busquemos “com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo”(Morôni 10:4).Se fizermos isso, a verdade de todas as coisas pode ser manifestada a nós “pelo poder do Espírito Santo” (Morôni 10:5).

Não tenham medo; façam perguntas. Sejam curiosos, mas não duvidem! Apeguem-se sempre à fé e à luz que já receberam. Como vemos de maneira imperfeita na mortalidade, nem todas as coisas farão sentido agora. Na verdade, acho que se tudo fizesse sentido para nós, isso seria uma prova de que tudo fora inventado por uma mente mortal. Lembrem-se de que Deus disse:

“Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos. …
Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”(Isaías 55:8-9).

No entanto, vocês sabem que um dos propósitos da mortalidade é o de que vocês se tornem mais semelhantes ao Pai Celestial, em pensamento e ação. Desse ponto de vista, buscar respostas para suas dúvidas é algo que pode levá-los para mais perto de Deus, fortalecendo seu testemunho em vez de abalá-lo. É verdade que “fé não é … um perfeito conhecimento” (Alma 32:21), mas se vocês exercerem fé e colocarem em prática os princípios do evangelho todos os dias sob quaisquer circunstâncias, provarão os doces frutos do evangelho e por esse fruto conhecerão a veracidade dele (ver Mateus 7:16-20; João 7:17; Alma 32:41-43)." (Serão do SEI para os Jovens Adultos, 1 de novembro de 2009, Universidade Brigham Young - http://www.lds.org/ldsorg/v/index.jsp?locale=59&nav=0&sourceId=81e3f5036e881210VgnVCM100000176f620a____&vgnextoid=43d031572e14e110VgnVCM1000003a94610aRCRD)

O fato é que a princípio não podemos ter certeza, porque a "fé não é um perfeito conhecimento". Todavia a medida que andamos no escuro, uma luz começa a surgir e recebemos uma confirmação que não pode ser negada. Então recebemos um testemunho e conhecemos a verdade. Sugiro um estudo de Alma 32 para maior esclarecimento sobre o assunto.

Depois de termos uma base forte no evangelho devemos encarar a sabedoria do mundo. O padrão para comparação será claro. Aquilo que rejeita a verdade do evangelho é mentira. Assim o homem não surgiu de uma ancestral que é comum ao macaco. O homem foi criado por Deus à Sua Imagem. Os animais surgiram conforme as escrituras dizem. Agora se lembre dos dois tipos de abordagem que discorri acima. A afirmação absoluta de que Deus planejou e criou o homem não responde a questão de como isso ocorreu. E, portanto, aberta esta a questão à ciência.

Após nortear nosso caminho, podemos então levantar dados e fazer experimentações. Sobre isso, vamos considerar alguns pontos da Teoria da Evolução e acatá-los ou refutá-los frente às verdades do Evangelho

1.       A vida surgiu acidentalmente... Não é verdade! A Bíblia e outras escrituras relatam que Deus criou a Terra e toda forma de vida. A palavra "criar", que foi traduzida do termo hebraico, significa formar, moldar - sempre se referindo a uma atividade divina. O Profeta Joseph Smith ensinou: "Se perguntarmos aos cultos doutores que afirmam que o mundo foi criado do nada, responderão: 'Acaso não diz a Bíblia que ele criou o mundo?' Eles inferem do verbo criar de deve necessariamente ter sido feito do nada. Bem, a palavra criar provém do termo baurau, que não significa criar do nada; quer dizer organizar; a mesma coisa como se o homem organizasse materiais e construísse um navio. Dali deduzimos que Deus dispunha de materiais para organizar o mundo dentre o caos - matéria caótica, que é elemento, e no qual habita toa a glória. O elemento existe, desde que ele próprio (Deus) existe. Os puros princípios de elemento são indestrutíveis; podem ser organizados, reorganizados, mas nunca destruídos. Não tiveram inicio e não poderão ter fim." (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pg. 341-342). O professor de física Nathan Avizer comparou as descobertas cientificas com as verdades bíblicas e uma de suas conclusões foi que "no relato Bíblico sobre a formação do reino animal, lemos que "e criou Deus" os animais (Gênesis 1:21). Nesse contexto, o verbo criar não precisa ser compreendido no seu sentido físico ("criar algo a partir do anda"). (...) Um organismo vivo pode certamente ser classificado como uma nova entidade, quando comparado à matéria inanimada (...). De fato, essa transformação produzida pela vontade divina resultou numa entidade de propriedades tão inteiramente diferente das que caracterizam a matéria inanimada, que nenhum outro verbo, salvo "criar", pareceria adequado para descrever a mudança." ("A Origem da Vida", No Inicio, pg. 103).

2.       A vida surgiu acidentalmente... O Manual do Aluno do Seminário do Curso do Velho Testamento declara: "Algumas pessoas acreditam que a Terra foi criada por acaso e que a humanidade surgiu pela combinação acidental dos elementos certos ao longo de milhões de anos. Em resposta, um escritor disse: “Quando você puder jogar um monte de tijolos numa esquina, e eu puder observá-los organizarem-se para formar uma casa—quando você puder derramar um punhado de molas, rodas e parafusos em minha mesa, e eu puder observá-los juntarem-se para formar um relógio—[então] será mais fácil para mim acreditar que todos esses milhares de mundos poderiam ter sido criados, equilibrados e colocados em movimento em suas diversas órbitas, tudo isso sem a ação de nenhuma inteligência dotada de propósito. Além disso, se não existe inteligência no universo, então o universo criou algo maior do que ele próprio, pois ele criou você e eu”. (Bruce Barton, E. Ernest Bramwell, comp. Old Testament Lessons [curso do seminário de 1934], p. 4.)

3.       A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos... "Há quem afirme que Adão não foi o primeiro homem criado nesta terra, e que o ser humano original desenvolveu-se de formas inferiores da vida animal. Tais ideias, entretanto, são teorias de homens. A palavra do Senhor declara que Adão foi "o primeiro de todos os homens" (Moisés 1:34); temos, portanto, o dever de considerá-lo como pai da raça humana (...). O homem iniciou sua vida neste planeta como um ser humano,semelhante a nosso Pai Celestial." (Declaração da Primeira Presidência, citado por Clark, em Messages of the First Presidency, Vol. 4, pg. 5). O Élder John A. Widtsoe disse: "Qualquer teoria que exclua Deus como um ser pessoal e imbuído de objetivos eternos, e considere que todas as coisas foram criadas pro acaso, não pode ser aceita pelos santos dos últimos dias (...) É inconcebível crer que a existência do homem e de toda a criação seja obra do acaso. Considerando que o homem foi criado pela vontade e poder de Deus, é igualmente inconcebível pensar que o poder divino de criação se limita a um processo vagamente entendido pelo homem mortal." (Evidences and Reconciliations, Vol. 1, pg. 155). O Presidente George Alber Smith disse: "Não surgimos de alguma forma inferior de vida, mas somos descendentes de Deus, nosso Pai Celestial" (Conference Report, outubro de 1925, pg. 33). O Presidente Joseph Fielding Smith disse: "Penso que, naturalmente, essas pessoas defensoras do ponto de  vista de que o homem evoluiu, no decorrer de bilhões de anos, da espuma do mar, não acreditam em Adão. Honestamente, nem sei como poderiam, e provar­vos-ei que elas não acreditam. Alguns há que tentam fazê-lo, mas são inconsistentes - absolutamente inconsistentes, pois tal doutrina é tão incompatível,  tão absolutamente destoante das revelações do Senhor, que é simplesmente impossível crer-se em ambas. (...) Afirmo com toda ênfase, não podeis crer nessa teoria da origem do homem e ao mesmo tempo aceitar o plano de salvação,  conforme é apresentado pelo Senhor, nosso Deus.  Tereis que escolher um e rejeitar o outro, pois são diretamente conflitantes e separados por um tão grande abismo, que não pode ser transposto, por mais que se tente. (...) Adão, e com isto quero dizer o primeiro homem, não era capaz de pecar. Não podia transgredir, e com isto trazer ao mundo a morte; pois, segundo essa teoria, sempre houve morte no mundo. Se, portanto,  não houve queda,  não havia necessidade de expiação, seguindo-se que a vinda do Filho de Deus como o Salvador do mundo é uma contradição,  uma coisa impossível.  Estais preparados para crer numa coisa dessas?"  (Doutrinas de Salvação,  Vol. I, pg. 153-154).

4.       A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos... O Manual do Aluno do Instituto do Velho Testamento (Curso de Religião 301) diz que há três teorias sobre a idade da Terra e sobre os dias de criação. A primeira leva a palavra "dia" de Gênesis 1 em um sentido literal - um dia tem 24 horas. A segunda teoria afirma que cada dia para Deus é mil anos para o homem. A base para essa interpretação é Abraão 3:2-4, Salmos 90:4 e II Pedro 3:8. A terceira teoria afirma que a palavra "dia" indica um período indeterminado. "Se esse foi o sentido em que Moisés usou a palavra dia, então o aparente conflito existente entre as escrituras e a maior parte das evidências apresentadas pelos cientistas apoiando a ideia de que a Terra é de idade avançada, fica facilmente resolvido. Cada era ou dia da criação poderia ter durado milhões de anos terrenos (...)" ("A Criação", pg. 26-27). O Presidente Brigham Young, falando a respeito dos seis dias da criação, disse que seis dias “é apenas uma expressão, mas não importa se ela levou seis dias, seis meses ou seis mil anos. A criação durou determinados períodos de tempo. Não estamos autorizados a dizer qual foi a duração desses dias, se Moisés usou essas palavras como as usamos, ou se os tradutores da Bíblia deram a essas palavras o significado que quiseram. Contudo, Deus criou o mundo. Deus reuniu o material com o qual Ele formou esta Terra firme sobre a qual vagamos. Há quanto tempo existia esse material? Uma eternidade, em determinada forma e condições”. (Discourses of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, 1971, p. 100; ver também Alma 40:8). A Igreja não tem uma posição oficial sobre a idade da Terra ou sobre como deve ser interpretada a palavra "dias" na Criação. A Igreja interessa-se em responder o motivo pelo qual a Terra foi criada - e é este: " Eis que o Senhor criou a terra para que fosse habitada; e criou seus filhos para que a habitassem " (1 Néfi 17:36). A ciência é convidada e contribuir e explicar o "como?". Pessoalmente vinculo-me a ideia de que "dia" no relato da criação não se refere a um período de 24h. E isto é óbvio para mim porque no início da criação não existia Sol, nem Terra, nem um sistema de rotação planetária que permitiria contar dias, meses, anos e estações).

5.       A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos, em um processo lento, partindo de uma forma de vida primitiva e simplória para uma mais desenvolvida e complexa... Harold G. Coffin, paleontólogo renomado disse: "Chegou o momento em que devemos fazer um novo exame das evidências que Charles Darwin usou para apoiar sua teoria da evolução, a luz das inúmeras informações cientificas recentes. (...) Quatro considerações nos levam a esse resultado. (1) A vida é sem paralelo; (2) os animais de estrutura complexa apareceram subitamente; (3) nos passado, a probabilidade de mutação era muito limitada; (4) no presente, a probabilidade de mutação é muito limitada." ("Creation: The Evidence from Science", pg. 1; citado também no Manual do Aluno do Velho Testamento, pg. 33). Então o doutor Coffin passa a explicar cada uma de suas considerações. Devido a qualidade de seu trabalho reproduziremos abaixo suas explicações:
a.       A vida é sem paralelo. "O cientista Homer Jacobson relata o seguinte, na revista American Scientist,  de  janeiro de  1955: 'Do ponto de vista da probabilidade, a transformação dos  elementos atuais numa só molécula de aminoácido seria extremamente impossível, mesmo que dispuséssemos de todo o tempo e espaço necessário para dar origem à vida terrena. "Somente a ma i s  simples dessas proteínas (a salmina) poderia ter-se originado desses elementos, mesmo que a terra estivesse coberta por uma camada de  aminoácidos de 750 metros de espessura durante um bilhão de anos! Por mais fantasiosos que fôssemos, não poderíamos supor que as condições atuais  pudessem dar origem até mesmo a uma só molécula de aminoácido,  e que ela, espontânea e casualmente, pudesse transformar-se num complexo organismo protoplasmático, dotado de um metabolismo e com capacidade de  auto-reprodução."  (Homer Jacobson, "In formation,  Reproduction and the Origin of  Life", American Scientist, janeiro de  1955, pg. 125). "Outro cientista, impressionado com as probabilidades contrárias à formação casual de proteínas, manifestou sua opinião, declarando o seguinte: 'Podemos calcular perfeitamente a possibilidade destes cinco elementos (carbono, hidrogênio,  nitrogênio, oxigênio e enxofre) se reunirem e formar uma molécula,  a quantidade de  matéria que deve estar em constante vibração e o período de  tempo necessário para se completar a tarefa. Charles Eugene Guye, matemático suíço,  fez os cálculos e descobriu que as possibilidades contrárias a tal ocorrência são de  10160 contra 1, ou somente de uma chance favorável em cada 10160; isto é, 10 multiplicado por si mesmo 160 vezes, um número tão grande, que mal podemos expressá-lo em palavras. O volume  de  matéria que deveria combinar-se para produzir uma única molécula de proteína seria milhões de  vezes maior que o que encontramos em todo o universo .  Para que isso ocorresse na  Terra, somente seriam  necessários muitos, quase que incontáveis bilhões (10243) de anos.'  (Frank  Allen, "The  Origin of  the World by Chance or Design?"  citado por John Clover Monsma, em The Evidence of God in an Expanding Universe, pg. 23)"
b.      Os animais de estrutura complexa apareceram subitamente. Em 1910, Charles Walcott, quando cavalgava pelas Montanhas Rochosas canadenses,  fez uma importante descoberta de fósseis marinhos. O local forneceu a mais completa coleção de  fósseis do período cambriano que conhecemos. Walcott encontrou animais de corpo mole preservados  n o  lodo de fina textura. Muitas espécies de vermes, camarões  e crustáceos deixaram a impressão de suas formas na argila, que posteriormente endureceu. Entre as  impressões, foram encontradas até mesmo marcas das partes internas, como a dos  intestinos e estômagos. As criaturas eram cobertas de pêlos, espinhos e apêndices , inclusive maravilhosos detalhes das estruturas tão características dos vermes e crustáceo. (...). Eles possuíam  partes bucais complexas, para poderem extrair tipos especiais de  alimentos da  água. Não havia nada de simples ou primitivo naquelas criaturas. Elas poderiam ser comparadas aos vermes e crustáceos que hoje  conhecemos. Não obstante, elas são encontráveis nas rochas mais antigas que contenham um  número bastante significativo de fósseis.  Onde estão os ancestrais deles?" " O que você acabou de ler até aqui, não é novidade. Este problema é conhecido pelo menos desde a época de Charles Darwin. Se a evolução progressiva dos organismos simples aos mais complexos for correta, deveriam ser encontrados os  ancestrais dessas criaturas vivas plenamente desenvolvidas do período cambriano; mas eles não foram encontrados, e não existe a menor perspectiva de que venham a sê-lo. "Baseando-nos apenas nos fatos e nas evidências que encontramos atualmente sobre a terra,  a teoria de um súbito ato criador em que as formas maiores de vida foram colocadas neste planeta, se encaixa melhor no contexto histórico."
c.       As espécies básicas de animais não mudaram."Os cientistas que estudam os  fósseis, descobriram outra informação interessante . Os animais de estrutura complicada não apenas aparecem subitamente nas rochas inferiores do  período cambriano, mas também as  formas básicas de animais não sofreram grande alteração desde aquela época (...) Esclarecendo melhor, este é o problema dos elos perdidos. Não é o caso de apenas um elo faltando, n e m  mesmo de diversos deles. Os evolucionistas  se defrontam agora com o problema de toda uma série de seções de elos faltando na corrente da vida. G.G.  Simpson, bastante cônscio desse problema, declarou: 'Uma característica invariável dos  fósseis que conhecemos demonstra que a maioria deles apareceu subitamente. Eles não são, de maneira geral, o resultado de uma sequência de precursores mutantes, como Darwin acreditava, no caso da evolução.' ( The Evolution of Life, pg. 149). "Vemos, assim, que não só o aparecimento de animais de estrutura completa e intrincada é um problema para os que defendem a evolução, mas que é igualmente sério o problema da ausência de mutação  de uma espécie maior para outra. Repetimos que este não é um problema novo. Logo depois que o s  colecionadores começaram a reunir fósseis, tomou-se óbvio que pertenciam às mesmas  categorias maiores, assim como as plantas  e animais da época moderna. Alguns cientistas comentaram, recentemente, sobre a falta de mutação e a ausência de elos de ligação entre espécies especificas de animais (...) " Todo estudante colegial, já teve a oportunidade de ver gravuras, talvez até mesmo em seus livros de biologia, retratando um ser cabeludo e semi nu,  o homem de Neanderthal - de  pescoço curto, ombros caídos, pernas arqueadas e aparência bestial. Tal gravura é fruto da descrição do homem de Neanderthal feita pelo francês Boule, em 1911-13.  (Marcellin Boule, Fossil Men) Esse retrato tem sido publicado sem alterações, de  um livro para outro,  ano após ano, (...). Porém, Boule baseou sua descrição originalmente num esqueleto cujos ossos, segundo se verificou recentemente, haviam sido gravemente deformados pelo artritismo. " William Straus e A.  J. E. Cave, os  dois cientistas que descobriram o fato declararam: 'Assim sendo, não existe uma razão aceitável para crermos que a postura do homem de  Neanderthal, do quarto período glacial, diferia significativamente da do homem moderno (...) Não obstante, se pudéssemos revivê-lo e colocá-lo num metrô de  Nova loque - desde que tivesse tomado banho,  feito a barba e vestisse roupas modernas - duvido muito ele que chamasse mais atenção que qualquer um de seus concidadãos.'  (William L.  Straus, Jr.,  e A. J. E. Ca v e, "Pathology and the  P osture of  Neanderthal Man", Quarter/y Review of Biology ,  dezembro de 1957,  pg.  358-359). Esse  parecer foi escrito há alguns anos. Hoje em dia, mesmo sem se barbear, o homem de Neanderthal não atrairia a menor atenção!"
d.      Atualmente a mutação é limitada. Evolução - "este vocábulo significa simplesmente  'transformação'  e baseando-nos  nesse conceito, a evolução é uma realidade . Não obstante, a maioria das pessoas entende que evolução significa uma transformação progressiva através do tempo, de organismos mais simples para mais complexos, de formas primitivas para formas com características mais avançadas. Esta definição desse termo não é baseada em fatos. O estudo da hereditariedade já revelou princípios e fatos que podem provar a evolução, se entendermos a palavra evolução no sentido de 'mudança'. Mas as aparentes e pequenas transformações que ocorrem hoje  em dia nos organismos vivos não nos fornecem base alguma para concluirmos que, no passado, houve uma ilimitada mutação (...) "Sim, hoje  em dia estão-se formando novas espécies de plantas e animais.  A quase infindável intergradação de animais e plantas que existe no mundo, a fantástica degeneração entre os parasitas e as adaptações para ataque e defesa,  levam-nos à conclusão inevitável de que tem havido uma transformação. Todavia,  o problema das mutações maiores, de uma espécie fundamental para outra, continua a ser uma das maiores incógnitas com que se defrontam os evolucionistas. Os animais e plantas modernas podem sofrer transformações, mas o número de mutações é limitado. Os laboratórios da ciência não foram capazes de demonstrar que houve transformação de uma espécie maior para outra,  nem tal mutação ocorreu na  história passada da terra, se levarmos em conta as evidências que nos dão os registros fósseis."
e.      Conclusão. "A constante exposição a uma das teorias da origem, somente uma,  convenceu muitas pessoas de  que não existe outra alternativa, e que a evolução é a resposta mais completa. Quão infeliz é o fato de a maioria dos  milhões de pessoas que atravessam o s  processos educacionais terem pouca oportunidade de avaliar as evidências que existem em ambos os lados! "O exame dos fósseis, registros petrificados do passado, nos  ensinam que os complexos organismos vivos surgiram subitamente (em outras palavras, sem avisar) sobre a face da terra. Outrossim, o tempo não os  modificou os suficiente a ponto  de  alterar o relacionamento básico que têm uns com os outros. Os  organismos vivos modernos nos  ensinam que a transformação é uma característica da  vida e do tempo, mas  também nos  esclarecem que há limites que ela não pode  ultrapassar de maneira natural, e que os homens foram incapazes de forçá-la a tal. Ao considerar as coisas  vivas antigas ou modernas, o homem não deve esquecer-se de  que está tratando com a vida, uma força profundamente singular que ele não tem a capacidade de criar e que está tentando desesperadamente entender. "Estes são os  fatos; aqui estão as evidências; eis as razões seguras por que devemos acreditar que a vida se originou através de  um ato criativo. Já é tempo de cada indivíduo ter a oportunidade de  conhecer o s  fatos e tomar uma decisão inteligente."

6.       A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos, em um processo lento, partindo de uma forma de vida primitiva e simplória para uma mais desenvolvida e complexa, por meio da Seleção Natural. Alguns dos maiores críticos de Darwin ainda não foram silenciados pelos evolucionistas. Que há uma mutação e uma luta pela sobrevivência parece evidente. Porém, a afirmação que uma seleção natural teria feito com que um peixe tenha virado um dinossauro e um dinossauro tenha se transformado em um passarinho é passível de severas críticas - ainda que essas críticas não sejam corriqueiramente exibidas nas salas de aula (como se todos aceitassem como verídica e indiscutível a Teoria da Evolução). Um dos pais da Paleontologia, Richard Owen, de maneira um tanto arrogante e sarcástica, é verdade, escreveu uma das primeiras críticas a teoria de Darwin: "As especulações impetuosas do Sr. Darwin denigrem a ciência (...) E, ele não sabe nada de fósseis - se ele soubesse, saberia que os ictiossauros apareceram no Jurássico Inferior, mantiveram-se inalterados e depois desapareceram. Não há qualquer sinal de evolução nisso!". Thomas Henry Huxley, amigo de Darwin, disse sobre a obra de Darwin, A Origem das Espécies: "É uma obra magnífica! Prova a existência da evolução. (...) Sim [a Seleção Natural] é lógica. É simples. Mas o sr. Darwin viu realmente uma espécie originada da Seleção Natural? Será que ele pode provar que ela realmente existe? Bem, não. É uma hipótese. Talvez a melhor existente, mas - e eu digo isso como um amigo - o Sr. Darwin realmente não provou sua tese." (Ambas as declarações são citadas em um Documentário da BBC "What Darwin Didn´t Know").


Ciência e religião não precisam travar uma guerra. Um capítulo interessante da História da Igreja demonstra bem isso. B. H. Roberts, que serviu na Presidência dos Setenta e é considerado um dos maiores Historiadores da Igreja, escreveu um livro para ser usado nos cursos do sacerdócio. Um comitê compostos de vários apóstolos, no final da década de 20, se reuniram para estudar o livro, revisá-lo e para aprová-lo ou não. Os irmãos do comitê eram: George Albert Smith, que mais tarde seria apoiado como Presidente da Igreja; Joseph Fielding Smith, talvez o maior teólogo da Igreja (e que também, mais tarde, se tornaria presidente da Igreja); e David O. MacKay (também futuro presidente da Igreja); Stephen L. Richards e Melvin J. Ballard.

Os irmão do Comitê elogiaram amplamente o livro, mas estavam em desacordo sobre uma parte na qual o Élder Roberts unia ideias da teoria da Evolução com as doutrinas da Criação. O Élder Smith achava inconcebível harmonizar a teoria de Darwin, como ensinada na época nas escolas, com o as escrituras. Segundo o Élder Smith não havia morte antes de Adão comer do fruto. O Élder Roberts foi convidado a alterar seu manuscrito, mas após revisá-lo não percebeu como poderia fazê-lo. Ele solicitou nova vista. O caso se tornou tão sério que acabou chegando a Primeira Presidência. De um lado, o Élder Smith defendia que não havia possibilidade de fundir teoria evolucionista com o evangelho, do outro Élder Roberts afirmava que, em alguma medida, realmente havia uma evolução, e que havia meios de aceitarmos uma coisa e outra sem refutar os ensinamentos da verdade divina.

A Primeira Presidência analisou cuidadosamente as duas posições. Antes disso, o Élder Talmage, apóstolo e geólogo, e o Élder John A. Widtsoe, apóstolo e físico, tomaram, ainda que informalmente, uma posição intermediaria a do Elder Roberts e do Elder Smith. Mas todos os membros dos Doze e demais Autoridades Gerais esperaram a Primeira presidência se manifestar.

O Presidente da Igreja, na época, era Heber J. Grant. Ele e seus conselheiros enviaram uma proclamação para Igreja dizendo que Adão era nosso pai, e que isso havia sido revelado claramente nas escrituras. Ele era o primeiro homem, e o primeiro pai. Disseram que o Senhor não havia revelado o "modus operandi" da Criação. Explicaram que o propósito da Igreja era o de salvar almas, e que a geologia, paleontologia, arqueologia e outras ciências não tinham esse fim - e nos assuntos da Igreja deviam ser deixadas de lado.

O manuscrito do Élder Roberts não foi publicado pela Igreja. Ele, o Élder Roberts, permaneceu fiel e ficou conhecido pela Igreja como o "Defensor da Fé". Embora ele e Élder Joseph Fielding Smith tivessem grande divergência em alguns pontos de opinião (como no caso da teoria da evolução), eram bons amigos e se tratavam com grande cordialidade. (Essa história pode ser encontrada no livro BYU Studies, capítulo "The story of the truth, the way, the life", pg. 692-741).

As diferenças de opinião entre Autoridade Gerais não são novidade de nossa dispensação. Na Igreja antiga aconteciam (Atos 15:2, 7, 36-40). O milagre da Igreja é que, diferente de qualquer outra organização, os irmãos que dirigem o Reino o fazem em nome e pelo poder de Cristo – e após as deliberações, sempre fazem a vontade de Deus, numa harmonia tal que os qualifica a se tornarem unos de coração e vontade.

Os líderes da Igreja possuem suas próprias opiniões e ideias sobre diversos assuntos e são livre para expressá-los quando estão reunidos em seus quoruns. Mas quando o Presidente toma uma decisão todos a aceitam e a apóiam - isso acontece de maneira pacífica e ordenada - pois é à maneira do Senhor.

No caso da Teoria da Evolução o Senhor não deu uma resposta direta - ou seja, não houve uma declaração oficial da Igreja refutando-a ou aceitando-a, nos termos que era aceita pelos cientistas em meados do século passado. Sabemos que Deus vive, que criou Adão e Eva e qual o propósito de todas essas coisas.

Eu contei esse interessante fato da História da Igreja porque ilustra muito bem que há espaço para a investigação científica para os santos dos últimos dias, mas que o propósito da Igreja é o de salvar almas. Quando o Senhor achar conveniente nos dirá exatamente como criou a Terra e tudo o que nela há. Evidentemente algumas teorias lançam fora e distorcem os princípio e doutrinas fundamentais do evangelho. Estas devem ser refutadas.

Devemos ter cuidado de nos púlpitos e nas salas de aula da Igreja de ensinar a doutrina aprovada e não nossas próprias ideias e teorias.

No final, entretanto, descobriremos que ciência e religião podem ser e são complementares. Para Deus, de fato, não há uma separação. As coisas materiais e espirituais são uma coisa só e a verdade é una e indivisível no final.

A guerra entre ciência e religião pode ser superada se tão somente mantermos ambas em seus devidos lugares - até que a verdade seja reunida em uma só. A ciência buscando o como e religião o porquê.


Dois biólogos santos dos últimos dias fieis escreveram um livro chamado "Evolution and Mormonism: A Quest for Understanding" ("Evolução e mormonismo: a busca pela compreesão") onde eles procuram exatamente conciliar uma coisa e outra. Como falei acima, a Teoria da Evolução é uma questão em aberto - porque é uma questão cientifica. Quanto aos princípios do evangelho estamos todos de acordo e procuramos a verdade onde pudermos. Em nosso empenho, Deus nos revelará seus mistérios - até mesmo as "verdades científicas" –será, contudo, a seu próprio modo e a seu próprio tempo (D&C 88:68).

Há vários cientistas, filósofos e teólogos que possuem bons argumentos contra a teoria da evolução (por exemplo: http://www.youtube.com/watch?v=uWtnsgcaCg0). Esse documentário, muito interessante, pode ser útil para verificação que há muitas outras abordagens a serem feitas diante da origem da vida: http://www.youtube.com/watch?v=sqmr5qMz7lE&feature=channel&list=UL . Recomenda-se também a leitura do livro do físico e judeu Nathan Avizer, "No Inicio", onde há exposição de vários argumentos científicos a favor do relato bíblico.

Mas, a despeito da opinião dos homens, podemos seguramente saber, por meio de revelação, que Deus criou a Terra e tudo que nela há. Ele criou a Terra com um propósito. Ele te criou com um propósito. Há uma grande recompensa para aqueles que procuram saber quem são, e depois de descobrirem se empenham em viver a altura deste conhecimento.

Eu sei que Deus vive, que Ele é meu Pai Celestial. Sei disso independentemente de outras pessoas. Sei que Ele criou Adão e Eva e possibilitou sua vida na Terra. Assim sendo, rejeito parte da teoria de Darwin. Entendo porém, que ela contribuiu para esclarecer certos pontos e permitir a discussão de outros.

Para terminar desejo mencionar duas passagens do discurso de Jacó, em 2 Néfi 9:

"Oh! Quão astuto é o plano do maligno! Oh! A vaidade e a fraqueza e a insensatez dos homens! Quando são instruídos pensam que são sábios e não dão ouvidos aos conselhos de Deus, pondo-os de lado, supondo que sabem por si mesmos; portanto sua sabedoria é insensatez e não lhes traz proveito. E eles perecerão. Mas é bom ser instruído, quando se dá ouvidos aos conselhos de Deus." (vv. 28-29)
“O, meus amados irmãos, vinde, pois, ao Senhor, o Santo. Lembrai-vos de que seus caminhos são justos. Eis que o caminho para o homem é estreito, mas segue em linha reta adiante dele; e o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não tem servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta; porque ele não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome.

E a quem quer que bata, ele abrirá; e os sábios e os instruídos e os ricos que são orgulhosos de seu conhecimento e de sua sabedoria e de suas riquezas---sim, estes são os que ele despreza; e a menos que se despojem de todas estas coisas e se considerem insensatos diante de Deus e se humilhem profundamente, ele não lhes abrirá.

As coisas dos sábios e dos prudentes, porém lhes serão ocultas para sempre---sim, aquela felicidade que está preparada para os santos." (vv. 41-43)

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Observe a tabela abaixo que resume meu texto. Perceba que na maioria dos itens é possível conciliar os tipos de conhecimento (azul). Todavia, alguns pontos da Teoria da Evolução são incompatíveis com o evangelho - especialmente os que excluem um Deus criador (vermelho).


Tema/Assunto
Doutrinas do Evangelho
Teoria da Evolução (neodarwinismo)
Abordagem típica
Por quê?
(Exemplo: Por que o homem foi criado? Qual a razão?)
Como?
(Exemplo: Como o homem foi criado? Qual o processo?)
Metodologia
Buscar respostas por meio de revelação espiritual
Buscar respostas analisando dados e fazendo experimentos
Verdade
“Existem verdades absolutas e verdades relativas (...) Existem muitas ideias Já explicadas ao mundo e que foram mudadas para satisfazer às necessidades da verdade, à medida que esta foi sendo descoberta. Existem verdades relativas, e também verdades absolutas, que são as mesmas ontem, hoje e para sempre - nunca se modificam. Essas verdades absolutas não são alteradas pelas opiniões dos homens. À medida que a ciência tem expandido nossa compreensão do mundo físico... Certas ideias aceitas têm sido abandonadas com o surgimento de novas verdades.
Algumas dessas verdades aparentes foram fortemente mantidas durante séculos. A pesquisa sincera da ciência repousa, frequentemente, só no limiar da verdade, ao passo que os fatos revelados  nos dão certas verdades absolutas como ponto de  partida, para que venhamos a entender a natureza do  homem e o propósito da vida.”
Aprendemos a respeito dessas verdades absolutas ao sermos ensinados pelo Espírito. Essas verdades são "independentes" em sua esfera espiritual, devendo ser descobertas espiritualmente embora possam ser confirmadas pela experiência e pelo intelecto. (Ver D&C 93:30.)” (Spencer W. Kimball, "Verdade Absoluta", A Liahona, julho de 1979, pp. 1-4.)
A ciência em geral não anela pela verdade absoluta. A ciência procura uma verdade funcional – um modelo ou uma aproximação que seja útil para explicar fenômenos e coisas. Teorias são formadas com base em estudos de intelectuais. Devido a novas descobertas as teorias estão em constante alteração.
A ciência tem um papel fundamental em nossa busca pela verdade. As pesquisas de Charles Darwin e de seus sucessores, por exemplo, trouxeram grande conhecimento para o homem atual. Utilizar esses trabalhos que exigiram tanto para compreender o mundo ao nosso redor é nobre e conduz a um contentamento real.
Busca pela verdade
O Senhor deleita-se em revelar seus mistérios (D&C 76:5). Mas o faz ao penitente (Alma 26:21) – isto é, aquele que busca sinceramente (1 Néfi 10:19)
Filosoficamente e moralmente o cientista esta comprometido com a busca da Verdade. Há padrões, métodos e normas que procuram garantir um resultado não apenas adequado, mas correto.
Deus
Deus vive e é Nosso Pai Celestial; Ele criou a Terra e tudo que Nela há. Conhecer a Deus e segui-lo é o que traz felicidade
Não se preocupa em explicar Deus ou sua relação com o homem – já que os métodos utilizados são falhos em provar com segurança assuntos relacionados à fé
Surgimento do Universo e da Vida
A vida foi planejada. Deus criou a Terra conforme o relato de Gênesis 1-2. Outros relatos da Criação, encontrados em outros livros de escrituras – e a revelação moderna – acrescentam mais luz a este evento transcendental. A Criação foi planejada. Jeová e outros organizaram elementos pré-existentes para que os espíritos pré-mortais, que eram filhos de Deus, o Pai, pudessem ter “tabernáculos” de carne e ossos para serem provados em todas as coisas, e no final, obterem exaltação.
Se houve um gesto divino ou não a Teoria não se preocupa em explicar. Neodarwinistas acreditam, em sua maioria, que houve um “Big Bag” – e, após isso, o Universo progrediu exponencialmente – resultado na formação acidental de nosso planeta. Devido a uma série de incidentes (e acidentes) a vida surgiu com organismos muito simples que podiam se reproduzir. Daí para frente, milhões de anos se passaram e a vida foi adquirindo mais complexidade. Plantas surgiram. Animais apareceram – peixes, anfíbios e outras formas de vida – depois repteis e mamíferos – por fim as aves.
Dinossauros e outros animais pré-históricos
Élder Talmage, um apóstolo, que escreveu “Jesus, o Cristo”, era geólogo e estudava as rochas e os fósseis; (Utah é um dos lugares onde há mais fósseis de dinossauros no mundo – lá se encontra o “Monumento Nacional do Dinossauro” e neste Estado morava Élder Talmage); Ele disse: Os animais fossilizados – que incluem os dinossauros “viveram e morreram, de era em era, enquanto a Terra ainda não estava pronta para o homem ser colocado nela.” (Tradução livre de “Questions and Answers,” Tambuli, Apr 1988, 29–32)
Os detalhes do propósito desses animais são desconhecidos. O Senhor disse que revelaria esses mistérios no futuro (101:32-34)
Existiram dinossauros e outros animais pré-históricos das mais diversas formas e tamanhos. Seus fosseis são encontrados em todo o mundo. Neodarwinianas tentam montar uma “árvore genealógica” – procurando uma origem comum para todas as espécies.
Por alguma razão desconhecida os dinossauros e muitos outros animais e plantas foram extintos no final do período cretáceo – 60 milhões de anos atrás.
Hominídeos que antecedem o homem moderno (homo sapiens sapiens)
Adão foi o primeiro homem. E Eva a primeira mulher. Eles eram semelhantes a Deus – e parecidos conosco. Essa é a doutrina.
Especula-se que os seres, semelhantes ao homem (na forma física), como o Homem de Neandertal viveram e morreram antes da Queda – antes mesmo de Adão ser criado. Eles não eram filhos de Deus – ou seja, não possuíam dentro de si um espírito pré-mortal capaz de progredir e tornar-se como o Pai Celeste. Sem dúvida, tais seres possuíam um espírito – assim como toda planta e animal possuem. Sua vida e propósito são um mistério.
O homem atual é muito semelhante a outros animais que viveram a milhares de anos. Devido as similaridade existentes cientistas traçaram uma linha evolutiva para explicar a atual condição e complexidade humana. Neordawinistas afirmam que o homem descende de um ancestral que é comum ao macaco. E por isso muitos deles desacreditam na afirmação bíblica de que o homem surgiu em um evento único.
Extinção
A extinção natural faz parte do Plano de Deus. Deus extingue os animais (Isaías 50:2, D&C 133:68). Ele faz isso para cumprir Seus propósitos.
Toda vida, vegetal e animal, contudo, ressuscitará, pois o sacrifício de Cristo abrange toda Criação (D&C 76:43).
A extinção, por meio da seleção natural, é uma das bases da Teoria da Evolução. Seres mais adaptados ao meio em que vivem tem mais chances de sobreviver e se perpetuar.
Tempo da Terra antes do homem
O Presidente Brihgam Young, falando a respeito dos seis dias da criação, disse que seis dias “é apenas uma expressão, mas não importa se ela levou seis dias, seis meses ou seis mil anos. A criação durou determinados períodos de tempo. Não estamos autorizados a dizer qual foi a duração desses dias, se Moisés usou essas palavras como as usamos, ou se os tradutores da Bíblia deram a essas palavras o significado que quiseram. Contudo, Deus criou o mundo. Deus reuniu o material com o qual Ele formou esta Terra firme sobre a qual vagamos. Há quanto tempo existia esse material? Uma eternidade, em determinada forma e condições”. (Discourses of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, 1971, p. 100; ver também Alma 40:8.)
O Élder Bruce R. McConkie ensinou que um dia, no relato da Criação, “é um período específico de tempo; é uma era, um éon, uma divisão da eternidade; é o intervalo entre dois eventos conhecidos. E cada dia tem a duração, seja ela qual for, necessária para seus propósitos (…). Não existe nenhuma revelação que especifique que cada um dos ‘seis dias’ referidos na Criação tenha tido a mesma duração”. (“Christ and the Creation”, Ensign, junho de 1982, p. 11.)
O Planeta teria sido formado a 4,5 bilhões de anos. A vida na Terra teria surgido há cerca de três bilhões de anos, provavelmente quando formas primitivas desenvolveram estratégias mais eficazes de captar energia do sol.
A chave desse cálculo foi encontrada medindo a quantidade de urânio e de chumbo nas rochas mais antigas do planeta. A radiação faz os átomos de urânio perderem partículas, transformando-se em chumbo. Após certo tempo, chamado meia-vida, resta só metade do urânio. Conhecendo esse tempo de meia-vida e medindo a quantidade de urânio e de chumbo nas rochas mais antigas da Terra, calculou-se a idade do planeta
Morte antes de Adão
Não havia morte antes de Adão e Eva comerem do fruto proibido. Entretanto, essa afirmação é relativa, e deve ser entendida dentro do correto contexto. Por exemplo: é doutrina da Igreja que Deus passou por um processo parecido com o que passamos atualmente – sendo provado em uma Terra e adquirindo sua Exaltação. Então, Ele precisou nascer, viver, morrer e ressuscitar. Assim houve morte antes de Adão. Também sabemos que essa Terra não é uma criação única – e nem a primeira de Deus. Ele criou “mundos incontáveis”. Ele disse: “E como uma terra com seu céu passará, assim outra surgirá; e não há fim para minhas obras” (Moisés 1:33-38). Também diversos animais e plantas viveram e morreram para preparar a Terra para a criação final: o homem Adão e a mulher Eva, como esta claro em declarações das Autoridades Gerais.
Estudiosos da Igreja especulam que quando a Terra foi santificada e concluída – no sétimo dia – e o homem foi colocado no Jardim, à obra esta perfeita e não havia morte. Adão precisou comer do fruto proibido para que a morte fosse introduzida. Se não todas as coisas “deveriam permanecer (...) não tendo vida nem morte, nem corrupção nem incorrupção” (2 Néfi 2:11)
Sempre houve morte. Organismos vivem e morrem. Na verdade, a morte é considerada uma transformação – já que devido a decomposição e outros fatores ocorreu m reciclagem de elementos. Essa transformação tem prosseguido dês do começo do mundo. Darwinistas não discorrem sobre um primeiro homem – já que é difícil empiricamente precisar que tenha havido um. Eles não debatem sobre um Jardim e nem se preocupam com a Expiação. Já que sua abordagem de um foco diferente.



[1] “Os três acontecimentos mais grandiosos que jamais ocorreram ou ocorrerão em toda a eternidade são os seguintes:
1. A criação dos céus e da Terra, do homem e de todas as formas de vida;
2. A queda do homem, de todas as formas de vida e da própria Terra, que perderam seu estado original e paradisíaco e se tornaram o que são hoje; e
3. A Expiação infinita e eterna, que resgata o homem, todos os seres vivos e também a Terra de seu estado decaído para que se efetue a salvação da Terra e de todos os seres vivos.
                Esses três acontecimentos divinos - os três pilares da eternidade - estão inseparavelmente entrelaçados numa grandiosa tapeçaria conhecida como o eterno plano de salvação.” (A New Witness for the Articles of Faith, p. 81)
                O Élder Bruce R. McConkie também disse que essas doutrinas fundamentais (a doutrina da Criação, da Queda e da Expiação) são “os maiores acontecimentos que já ocorreram em toda a eternidade”. Ele explicou: “Quando conseguimos compreendê-las, vemos todas as coisas do plano eterno entrarem no devido lugar e nos colocamos em condição de fazer o que é preciso para a
nossa própria salvação. (…) Esses são os três pilares que sustentam tudo o mais. Sem qualquer um deles, todas as outras coisas perderiam o sentido e os planos e desígnios de Deus seriam nulos” (“The Three Pillars of Eternity”, em Brigham Young University 1981 Firesides and Devotional Speeches, 1981, p. 27).
[2] Todo homem anela pela verdade, porque, como já expliquei a verdade conduz a liberdade e a felicidade eterna. A verdade é Cristo (Enos 1:26, Alma 5:48, João 1:17). E embora nem todos desejem aprender sobre Cristo - todos desejam bem-estar, proteção e salvação. Pois bem. Tudo isso é encontrado em Cristo Jesus. Além disso, verdade nos liberta (João 8:32): Cristo nos liberta! (João 8:36; 2 Néfi 9:19, 25- 26). O conhecimento da verdade (conhecimento de Cristo – de sua obra e glória), e aplicação desse conhecimento – que é sabedoria   – é o que leva o homem a ter vida eterna, felicidade eterna (2 Néfi 2:27-28; D&C 42:61).

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