Na minha
adolescência fiz essa pergunta: "onde a teoria de Darwin se encaixa no
evangelho?" Eu adorava dinossauros
dês de pequeno. No lar e na Igreja aprendi que o Senhor criou a Terra em seis períodos
de tempo – inclusive criou o homem – sim, o homem foi criado à imagem de Deus –
sendo que Adão e Eva foram os primeiros mortais. Todavia, deparei-me com a
teoria de Darwin e obviamente perguntei-me se ela era verdadeira. Nos termos em
que me foi ensinada a teoria darwiniana, Adão era excluído (e visto como um lenda
ou mito) para dar lugar a hominídeos, semelhantes a macacos.
A Teoria de Charles Darwin
A Teoria de
Charles Darwin esta bem resumida a seguir:
"Charles
Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que
é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo
Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de
sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de
descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para
aquele ambiente.
Os princípios
básicos das ideias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
·
Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam
variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, idênticos entre si.
·
Todo organismo tem grande capacidade de
reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos
descendentes chegam à idade adulta.
·
O número de indivíduos de uma espécie é mantido
mais ou menos constante ao longo das gerações.
·
Assim, há grande "luta" pela vida
entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem
a maturidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.
·
Na "luta" pela vida, organismos com
variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de
sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
·
Os organismos com essas variações vantajosas têm
maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de
pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
·
Assim , ao longo das gerações, a atuação da
seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação
destes ao meio."
O Neodarwinismo
A teoria de Darwin
causou um grande tumulto no mundo científico, filosófico e religioso. Isso
porque, ela possibilitou que alguns a utilizassem para endossar uma visão
alternativa da origem da vida no planeta. Tomando por base a teoria de Darwin,
vários cientistas a "aperfeiçoaram", devido a novas descobertas ao
longo dos anos. Essa teoria aperfeiçoada chama-se Teoria Sintética da Evolução.
"A Teoria
sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores
durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a
seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante
contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu
o conceito antigo de herança por meio da mistura de sangue pelo conceito de
herança por meio de partículas: os genes.
Esta teoria
baseia-se em [cinco] processos básicos da evolução: mutação, recombinação,
genética, seleção natural, isolamento reprodutivo.
Os três primeiros
são responsáveis pelas fontes da variabilidade; os dois últimos orientam as
variações em canais adaptativos.
Pontos básicos da
teoria moderna:
a) As variações de
uma espécie dependem de mutações.
b) As mutações
ocorrem ao acaso.
c) A luta pela
vida dá-se entre os indivíduos e o meio ambiente.
d) Da luta pela
vida, resulta a seleção natural dos mais aptos ou adaptados às condições do
meio.
e) O isolamento
geográfico ou sexual impede que as características do tipo novo misturem-se com
as características do tipo primitivo."
A Doutrina da Criação
O Manual Princípios do Evangelho explica:
" Sob a direção do Pai, Cristo formou e organizou a Terra. Separou a luz
das trevas para fazer o dia e a noite. Formou o sol, a lua e as estrelas.
Dividiu as águas, separando-as da terra seca, formando mares, rios e lagos e
fez a Terra bela e produtiva. Fez a grama, as árvores, flores e outras plantas
de todas as espécies. Essas plantas continham sementes das quais novas plantas
seriam geradas. Depois criou os animais — os peixes, o gado, os insetos e
pássaros de todas as espécies. Esses animais tinham a capacidade de reproduzir
sua própria espécie. A Terra ficou então preparada para a maior de todas as
criações — a humanidade. Nosso espírito receberia um corpo de carne e sangue
para viver nesta Terra. “E eu, Deus, disse ao meu Unigênito, que estava comigo
desde o princípio: Façamos o homem a nossa imagem, segundo nossa semelhança; e
assim foi” (Moisés 2:26). E, dessa forma, o primeiro homem, Adão, e a primeira
mulher, Eva, foram criados e receberam corpos que se assemelhavam àqueles de
nossos pais celestiais. “À imagem de Deus os criou: homem e mulher os criou”
(Gênesis 1:27). Ao terminar Suas criações, o Senhor agradou-Se do que havia
feito, reconheceu que Sua obra era boa e descansou por algum tempo."
("Criação", pg. 24)
A Criação como
atestada por três registros sagrados – Gênesis 1-2, Moisés 2-3 e Abraão 4-5 – e
também como ensinado nos Templos da Igreja de Jesus Cristo – é fato básico
aceito pelos membros da Igreja e, conforme explicou o Élder Bruce R. McConkie,
é um dos "pilares da eternidade" para se compreender o plano de
salvação e propósito do homem na Terra[1].
Origem da Vida sem
uma força criadora dispensa a crença em Deus. Porém se "não existe Deus,
nós também não existimos nem a terra; pois não poderia ter havido criação, nem
para agir nem para receber a ação; portanto, todas as coisas inevitavelmente
teriam desaparecido." (2 Néfi 2:13)
É nossa crença que
aqueles que proclamam que Deus não existe não têm nenhuma prova, a não ser suas
próprias palavras (Alma 30:40). Nós, porém, temos todas as coisas como
testemunho que Deus vive (Alma 30:41)
Temos "o
testemunho de todos [os] irmãos, assim como o dos santos profetas", temos "as
escrituras (...) diante de [nós], sim, e todas as coisas mostram que existe um
Deus; sim, até mesmo a terra e tudo que existe sobre a sua face, sim, e seu
movimento, sim, e também todos os planetas que se movem em sua ordem regular
testemunham que existe um Criador Supremo."
O Élder M. Russell
Nelson, após demonstrar algumas das dádivas do corpo físico que Deus nos deu,
disse:
"Todo aquele
que estuda o funcionamento do corpo humano sem dúvida “viu Deus movendo-se em
sua majestade e poder”. Como o corpo é governado por lei divina, toda cura vem
pela obediência à lei na qual aquela bênção se baseia.
No entanto,
algumas pessoas erroneamente pensam que esses maravilhosos atributos físicos
aconteceram por acaso ou como consequência de um grande “big bang” ocorrido em
algum lugar. Perguntem a si mesmos: “Poderia a explosão de uma gráfica produzir
um dicionário?” A probabilidade de que isso ocorra é extremamente remota. Mas
se isso acontecesse, ele jamais conseguiria reparar as próprias páginas
rasgadas ou reproduzir as próprias novas edições!" ("Graças Demos a
Deus", Conferência Geral de Abril de 2012, fonte: http://www.lds.org/general-conference/2012/04/thanks-be-to-god?lang=por)
Através da
doutrina da Criação aprendemos que as formas de vida foram planejadas e organizadas
por Deus. Surgiram sem acidentes, sem traumas - em um processo divino,
cuidadosamente elaborado.
Fatos X Teorias
O Élder Richard G.
Scott disse: " Existem duas maneiras de encontrarmos a verdade - ambas
úteis, desde que respeitemos as leis nas quais se baseiam. A primeira é o
método científico. Ele pode exigir a análise de dados para confirmar uma teoria
ou, como alternativa, pode comprovar se um princípio é válido através da
experimentação. O método científico é uma maneira válida de buscar a verdade;
entretanto, tem duas limitações: Primeira, nunca
podemos ter a
certeza de ter identificado uma verdade absoluta, embora nos aproximemos dela
cada vez mais. Segunda, às vezes, por mais criteriosos que sejamos na aplicação
do
método, podemos
ainda obter a resposta errada.
A melhor maneira
de encontrarmos a verdade é simplesmente ir à fonte de toda a verdade e pedir
inspiração ou seguir a inspiração que recebemos. Para sermos bem-sucedidos,
dois ingredientes são essenciais: Primeiro, fé inabalável na Fonte de toda a
verdade; segundo, a determinação de guardar os mandamentos de Deus a fim de
manter aberta nossa comunicação espiritual com Ele." ("A Verdade:
Alicerce das Decisões Corretas", A
Liahona, Novembro de 2007, pg. 90)
Élder Scott disse
também: "Vemos que o método científico trouxe uma expansão extraordinária
de nossa compreensão à medida que o Senhor inspirou pessoas talentosas, que
podem até não compreender quem criou essas coisas e com que propósito. Muitas
delas talvez nem mesmo reconheçam tal inspiração nem dêem crédito a Deus pela
origem de suas descobertas. Senti-me reconfortado há pouco tempo quando o
Presidente Henry B. Eyring contou uma experiência que seu talentoso pai teve em
uma reunião com outros cientistas proeminentes. Ele lhes perguntou se suas
pesquisas indicavam a existência de uma inteligência organizadora superior.
Todos confirmaram sua convicção de que tal inteligência existe." ("A Verdade: Alicerce das Decisões
Corretas", A Liahona, Novembro
de 2007, pg. 91)
Quando um
cientista afirmar ter descoberto um fato
fique atento: ele descobriu, na realidade, uma indicação, uma aparência de verdade. Tanto é assim, que embora ele
possa crer individualmente que aquilo é certo e verdadeiro, diante de uma plateia
de outros acadêmicos, apresentará suas convicções como hipóteses, passiveis de
crítica.
Para saber a
"verdade de todas as coisas" temos que buscar orientação Daquele que
sabe todas as coisas. O Senhor é quem sabe todas as coisas (Palavras de Mórmon
1:7), o Espírito Santo também sabe todas as coisas (D&C 35:19). De fato, o
"Espírito fala a verdade e não mente. Portanto fala de coisas como
realmente são e de coisas como realmente serão (...)" (Jacó 4:13).
A receita para se
obter revelação, conhecimento do alto, é a mensagem e a promessa mais repetida
das escrituras: "pedi e recebereis" (João 16:24, 3 Néfi 27:29,
D&C 4:7, D&C 49:26, D&C 88:63, D&C 103:31, 35, entre outras).
O Salvador disse:
"Pedi ao Pai, em meu nome, com fé, acreditando que recebereis, e tereis o
Espírito Santo, que manifesta todas as coisas que são convenientes aos filhos
dos homens." (D&C 18:18)
Quando o Espírito
fala podemos ter certeza que falou a verdade.
Perguntas Diferentes, respostas
complementares
O desejo de Deus é
revelar-nos a verdade. "Eu, o Senhor, sou misericordioso e benigno para
com aqueles que me temem e deleito-me em honrar aqueles que me servem em
retidão e em verdade até o fim. Grande será sua recompensa e eterna sua glória.
E a eles revelarei todos os mistérios, sim, todos os mistérios ocultos de meu
reino desde a antiguidade; e por eras futuras dar-lhes-ei a conhecer a boa
disposição de minha vontade concernente a todas as coisas relativas a meu
reino. Sim, até as maravilhas da eternidade conhecerão e coisas futuras
mostrar-lhes-ei, sim, coisas de muitas gerações. E sua sabedoria será grande e
seu entendimento alcançará os céus; e diante deles a sabedoria dos sábios
perecerá e o entendimento dos prudentes se desvanecerá. Porque pelo meu
Espírito os iluminarei e pelo meu poder dar-lhes-ei a conhecer os segredos de
minha vontade - sim, até as coisas que o olho não viu nem o ouvido ouviu e
ainda não entraram no coração do homem." (D&C 76:5-10)
A verdade é una e
pode ser toda ensina por Deus. A
verdade resistirá e permanecerá. O descobrimento da verdade e sua correta
utilização é o que conduz a felicidade eterna[2].
Todo cientista que descobriu uma parcela ou parte da verdade foi ensinado por
Deus. Mediante ao poder do raciocínio que Deus nos deu, as oportunidades de
tempo e talento – e as condições de vida – e a maravilhosa Luz de Cristo que
nos dá entendimento e inspiração – descobertas são feitas, divulgadas e
utilizadas – conduzindo a maior bem-estar.
O Presidente
Brigham Young disse: "Estejam sempre dispostos a receber a verdade, venha
de onde vier, não faz a menor diferença. Não importa se receberam o evangelho
por intermédio de Joseph Smith ou de Pedro, que viveu no tempo de Jesus.
Recebam-no prazerosamente, quer seja de um homem quer de outro. Se Deus chamou
um indivíduo e o enviou a pregar o evangelho, isso é o que me basta saber. Não
importa quem seja, tudo o que desejo é conhecer a verdade.”
Ele também disse:
"O chamado “mormonismo” abrange todos os princípios concernentes à vida e
a salvação, para o tempo e eternidade. Não importa quem possua a verdade. Se os
pagãos têm alguma verdade, ela pertence ao “mormonismo”. A verdade e a sã
doutrina que o mundo sectário possui—e eles as têm em grande medida — pertencem
todas a esta Igreja. No que concerne à moralidade, muitas pessoas são tão boas
quanto nós. Tudo o que é virtuoso, amável e louvável pertence a esta Igreja e
reino. O “mormonismo” abrange toda a verdade. Não existe verdade que não
pertença ao evangelho. Ele é vida, e vida eterna; é uma felicidade abençoada. É
a plenitude de todas as coisas nos deuses e nas eternidades dos deuses. (...)
Quero dizer a meus amigos que cremos em tudo o que é bom. Se puderem encontrar
uma verdade nos céus, na Terra ou no inferno, ela pertence a nossa doutrina.
Nela cremos; ela nos pertence; nós a reivindicamos" (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, pg. 16-17).
Ele disse ainda: "Toda descoberta científica ou artística realmente
verdadeira e útil para a humanidade foi dada por meio de revelação direta de
Deus, embora poucas pessoas reconheçam esse fato. Foram dadas com o propósito
de preparar o caminho para a vitória final da verdade e para redimir a Terra dos
poderes do pecado e de Satanás." (DBY,
p. 18) O Presidente John Taylor ensinou: "O homem que está em busca da
verdade não se apega a um único sistema, não defende um único dogma nem adota
uma única teoria. Abraça todas as verdades, e a verdade, como o Sol no firmamento,
brilha e alumia toda a criação com os seus raios resplandecentes. Se os homens
se despirem de todos os preconceitos e procurarem a verdade com ardor,
meticulosamente, irão encontrá-la em tudo o que estudarem."
A verdade, porém,
pode ser vislumbrada por diferentes pontos de vista. Ela pode ser abordada de
maneiras diversas. Quando se trata da criação da Terra o cientista normalmente
irá se se perguntar "como?", porém, o teólogo "porquê?".
O Élder Scott
contou algumas das maravilhas que a abordagem científica nos revelou: “O que
aprendemos sobre a abordagem científica de descoberta da verdade? Vamos
ilustrar com um exemplo. Por mais que tente, não consigo, nem no mínimo grau,
compreender a extensão, a profundidade e a maravilhosa majestade daquilo que
nosso Santo Pai Celestial, Eloim, permitiu que fosse revelado pelo método
científico. Se pudéssemos contemplar a Terra do espaço sideral, a veríamos
primeiro como os astronautas viram. Mais além, teríamos uma visão privilegiada
do sol e dos planetas que o orbitam. Eles pareceriam um pequeno círculo de
objetos contra um fundo imenso de fulgurantes estrelas. Se continuássemos nessa
trajetória, teríamos uma visão celestial da espiral da nossa Via Láctea com
mais de 100 bilhões de estrelas girando em órbitas circulares em torno de uma
densa região central, controladas pela gravidade.
Mais além,
veríamos o grupo de galáxias do aglomerado de Virgem que, de acordo com alguns,
inclui a Via Láctea e que se estima estar cerca de 50 milhões de anos-luz
daqui. Além dela, a 10 bilhões de anos-luz de distância, encontraríamos as
galáxias fotografadas pelo telescópio Hubble. A enormidade estonteante dessa
distância é percebida quando se sabe que a luz viaja a 300 mil quilômetros por
segundo. Mesmo com essa perspectiva extraordinária, não há a mínima evidência
de que nos aproximaríamos de algum limite das criações de Deus, o Pai.
Por mais que essa
incrível visão dos céus nos deixe maravilhados, há outra consideração
igualmente capaz de confirmar os insondáveis poderes de nosso Pai Celeste. Se
nos deslocássemos na direção oposta para explorar a estrutura da matéria,
poderíamos ver de perto a dupla espiral da molécula do DNA, que é a
extraordinária estrutura auto-replicante que determina a composição do nosso
corpo físico. Indo em frente, chegaríamos ao nível do átomo, composto de
prótons, nêutrons e elétrons, dos quais já ouvimos falar. Se penetrássemos mais
ainda os mistérios da estrutura mais básica da criação, chegaríamos ao limite
de nossa compreensão atual. Nos últimos 70 anos, muito aprendemos sobre a
estrutura da matéria. Desenvolveu-se um Modelo Padrão de Partículas e
Interações Fundamentais que é a base dos experimentos que comprovaram a
existência das partículas fundamentais chamadas quarks e leptons. Esse modelo
explica os padrões de aglutinação nuclear e de degradação da matéria, mas ainda
não dá uma explicação satisfatória das forças gravitacionais. Além disso, há
quem acredite que instrumentos mais potentes do que aqueles usados para obter
nossa atual compreensão da matéria poderiam revelar outras partículas
fundamentais. Portanto, existem mais criações do Pai Celestial a serem
compreendidas cientificamente." ." ("A Verdade: Alicerce das
Decisões Corretas", A Liahona,
Novembro de 2007, pg. 90-91)
Como lidar com a Teoria da
Evolução frente às verdades do Evangelho?
Um jovem da Igreja
que terá uma prova na escola sobre a Teoria da Evolução, como ensinada
tipicamente – a qual exclui um Deus criador não deve tentar, nessa ocasião,
expressar seu desacordo. Ele deve procurar tirar uma boa nota, escrevendo o que
lhe é exigido. Isso vale para todos os campos do saber. Vivemos em um mundo
decaído e há muita falsidade. Quando uma teoria falsa for ensinada devemos ser
sábios e cumprir os mandamentos de (1) não jogar pérolas aos porcos (Mateus
7:6, D&C 41:6), (2) dar a porção devida, no momento devido a cada homem
(D&C 84:85), (3) não revelar os mistério de Deus (Alma 12:9-10), (4) ser
modestos, claros e simples no falar (2 Néfi 25:7, 20; D&C 1:23), (5) seguir
o Espírito ao ensinar (D&C 42:14,D&C 32:1) e (6) entender que os
iníquos consideram a verdade dura e eles não a compreendem (1 Néfi 16:2). Haverá
ocasiões em que poderemos defender com vigor a verdade. Devemos buscar essas
oportunidades e falar com ousadia, mas sempre com a orientação do Espírito.
Além disso, por
ser uma teoria em essência, o neodarwinismo pode (e irá) mudar – para incluir
as verdades que já sabemos. Só precisamos aguardar.
Procuro “encaixar”
a teria da evolução no contexto do evangelho da seguinte te maneira:
Primeiro devemos fortalecer nossa crença
nas verdades do evangelho. Se algo nos for transmitido e estiver em
oposição às verdades do evangelho, devemos refutar. Essa afirmação não é um
apelo ao dogma e a cegueira. Antes de darmos tal crédito às crenças do
evangelho devemos nos perguntar se são ou não verdadeiras. Mas após recebermos
uma resposta satisfatória do Espírito Santo – que não mente – não devemos
duvidar – se não, negaremos a base onde novas verdades seriam estabelecidas.
O Presidente Dieter
F. Uchtdorf disse:
"Como
encontrar respostas para as dúvidas e perguntas? Como vocês podem saber que o evangelho é
verdadeiro? Há algum problema em termos dúvidas a respeito da Igreja ou de sua
doutrina? Meus queridos jovens amigos, somos um povo questionador porque
sabemos que as dúvidas nos conduzem à verdade. Foi assim que a Igreja começou:
com um rapaz que tinha dúvidas. Na verdade, não sei como podemos descobrir a
verdade sem fazer perguntas. Nas escrituras, raramente encontramos uma
revelação que não foi dada em resposta a uma pergunta. Sempre que uma pergunta
surgia, e Joseph Smith não tinha certeza de qual era a resposta, ele procurava
o Senhor, e o resultado foram as maravilhosas revelações de Doutrina e
Convênios. Muitas vezes o conhecimento que Joseph recebia ia muito além da
pergunta original. Isso acontece porque o Senhor pode responder não apenas às
perguntas que fazemos, mas o mais importante é que Ele pode responder às
perguntas que deveríamos ter feito. Vamos dar ouvidos a essas respostas!
O trabalho
missionário da Igreja se baseia em pesquisadores sinceros que fazem perguntas
genuínas. O questionamento é a base do testemunho. Alguns podem sentir-se
envergonhados ou indignos por terem dúvidas a respeito do evangelho, mas não
precisam se sentir assim. Fazer perguntas não é um sinal de fraqueza, mas, sim,
um precursor do crescimento.
Deus ordena que
procuremos resposta para nossas dúvidas (ver Tiago 1:5-6) e pede apenas que
busquemos “com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em
Cristo”(Morôni 10:4).Se fizermos isso, a verdade de todas as coisas pode ser
manifestada a nós “pelo poder do Espírito Santo” (Morôni 10:5).
Não tenham medo;
façam perguntas. Sejam curiosos, mas não duvidem! Apeguem-se sempre à fé e à
luz que já receberam. Como vemos de maneira imperfeita na mortalidade, nem
todas as coisas farão sentido agora. Na verdade, acho que se tudo fizesse
sentido para nós, isso seria uma prova de que tudo fora inventado por uma mente
mortal. Lembrem-se de que Deus disse:
“Os meus
pensamentos não são os vossos pensamentos. …
Porque, assim como
os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do
que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos
pensamentos”(Isaías 55:8-9).
No entanto, vocês
sabem que um dos propósitos da mortalidade é o de que vocês se tornem mais
semelhantes ao Pai Celestial, em pensamento e ação. Desse ponto de vista,
buscar respostas para suas dúvidas é algo que pode levá-los para mais perto de
Deus, fortalecendo seu testemunho em vez de abalá-lo. É verdade que “fé não é …
um perfeito conhecimento” (Alma 32:21), mas se vocês exercerem fé e colocarem
em prática os princípios do evangelho todos os dias sob quaisquer
circunstâncias, provarão os doces frutos do evangelho e por esse fruto
conhecerão a veracidade dele (ver Mateus 7:16-20; João 7:17; Alma
32:41-43)." (Serão do SEI para os Jovens Adultos, 1 de novembro de 2009,
Universidade Brigham Young - http://www.lds.org/ldsorg/v/index.jsp?locale=59&nav=0&sourceId=81e3f5036e881210VgnVCM100000176f620a____&vgnextoid=43d031572e14e110VgnVCM1000003a94610aRCRD)
O fato é que a
princípio não podemos ter certeza, porque a "fé não é um perfeito
conhecimento". Todavia a medida que andamos no escuro, uma luz começa a
surgir e recebemos uma confirmação que não pode ser negada. Então recebemos um
testemunho e conhecemos a verdade. Sugiro um estudo de Alma 32 para maior
esclarecimento sobre o assunto.
Depois de termos uma base forte no
evangelho devemos encarar a sabedoria do mundo. O padrão para comparação
será claro. Aquilo que rejeita a verdade do evangelho é mentira. Assim o homem não surgiu de uma ancestral que é
comum ao macaco. O homem foi criado por Deus à Sua Imagem. Os animais
surgiram conforme as escrituras dizem. Agora se lembre dos dois tipos de
abordagem que discorri acima. A afirmação absoluta de que Deus planejou e criou
o homem não responde a questão de como
isso ocorreu. E, portanto, aberta esta a questão à ciência.
Após nortear nosso caminho, podemos então
levantar dados e fazer experimentações. Sobre isso, vamos considerar alguns
pontos da Teoria da Evolução e acatá-los ou refutá-los frente às verdades do
Evangelho
1.
A vida surgiu
acidentalmente... Não é verdade! A Bíblia e outras escrituras
relatam que Deus criou a Terra e toda forma de vida. A palavra
"criar", que foi traduzida do termo hebraico, significa formar,
moldar - sempre se referindo a uma atividade divina. O Profeta Joseph Smith
ensinou: "Se perguntarmos aos cultos doutores que afirmam que o mundo foi
criado do nada, responderão: 'Acaso não diz a Bíblia que ele criou o mundo?' Eles
inferem do verbo criar de deve necessariamente ter sido feito do nada. Bem, a
palavra criar provém do termo baurau,
que não significa criar do nada; quer dizer organizar; a mesma coisa como se o
homem organizasse materiais e construísse um navio. Dali deduzimos que Deus
dispunha de materiais para organizar o mundo dentre o caos - matéria caótica,
que é elemento, e no qual habita toa a glória. O elemento existe, desde que ele
próprio (Deus) existe. Os puros princípios de elemento são indestrutíveis;
podem ser organizados, reorganizados, mas nunca destruídos. Não tiveram inicio
e não poderão ter fim." (Ensinamentos
do Profeta Joseph Smith, pg. 341-342). O professor de física Nathan Avizer
comparou as descobertas cientificas com as verdades bíblicas e uma de suas
conclusões foi que "no relato Bíblico sobre a formação do reino animal,
lemos que "e criou Deus" os animais (Gênesis 1:21). Nesse contexto, o
verbo criar não precisa ser compreendido no seu sentido físico ("criar
algo a partir do anda"). (...) Um organismo vivo pode certamente ser
classificado como uma nova entidade, quando comparado à matéria inanimada
(...). De fato, essa transformação produzida pela vontade divina resultou numa
entidade de propriedades tão inteiramente diferente das que caracterizam a matéria
inanimada, que nenhum outro verbo, salvo "criar", pareceria adequado
para descrever a mudança." ("A Origem da Vida", No Inicio, pg.
103).
2.
A vida surgiu acidentalmente...
O Manual do Aluno do Seminário do Curso
do Velho Testamento declara: "Algumas pessoas acreditam que a Terra
foi criada por acaso e que a humanidade surgiu pela combinação acidental dos
elementos certos ao longo de milhões de anos. Em resposta, um escritor disse:
“Quando você puder jogar um monte de tijolos numa esquina, e eu puder
observá-los organizarem-se para formar uma casa—quando você puder derramar um
punhado de molas, rodas e parafusos em minha mesa, e eu puder observá-los
juntarem-se para formar um relógio—[então] será mais fácil para mim acreditar
que todos esses milhares de mundos poderiam ter sido criados, equilibrados e
colocados em movimento em suas diversas órbitas, tudo isso sem a ação de
nenhuma inteligência dotada de propósito. Além disso, se não existe
inteligência no universo, então o universo criou algo maior do que ele próprio,
pois ele criou você e eu”. (Bruce Barton, E. Ernest Bramwell, comp. Old Testament Lessons [curso do
seminário de 1934], p. 4.)
3.
A vida surgiu acidentalmente e se desenvolveu por bilhões de anos... "Há quem afirme que Adão não foi o
primeiro homem criado nesta terra, e que o ser humano original desenvolveu-se
de formas inferiores da vida animal. Tais ideias, entretanto, são teorias de
homens. A palavra do Senhor declara que Adão foi "o primeiro de todos os
homens" (Moisés 1:34); temos, portanto, o dever de considerá-lo como pai
da raça humana (...). O homem iniciou sua vida neste planeta como um ser humano,semelhante
a nosso Pai Celestial." (Declaração da Primeira Presidência, citado por
Clark, em Messages of the First
Presidency, Vol. 4, pg. 5). O Élder John A. Widtsoe disse: "Qualquer
teoria que exclua Deus como um ser pessoal e imbuído de objetivos eternos, e
considere que todas as coisas foram criadas pro acaso, não pode ser aceita
pelos santos dos últimos dias (...) É inconcebível crer que a existência do
homem e de toda a criação seja obra do acaso. Considerando que o homem foi
criado pela vontade e poder de Deus, é igualmente inconcebível pensar que o
poder divino de criação se limita a um processo vagamente entendido pelo homem
mortal." (Evidences and Reconciliations, Vol. 1,
pg. 155). O Presidente George Alber Smith disse: "Não surgimos de alguma
forma inferior de vida, mas somos descendentes de Deus, nosso Pai
Celestial" (Conference Report,
outubro de 1925, pg. 33). O Presidente Joseph Fielding Smith disse: "Penso
que, naturalmente, essas pessoas defensoras do ponto de vista de que o homem evoluiu, no decorrer de
bilhões de anos, da espuma do mar, não acreditam em Adão. Honestamente, nem sei
como poderiam, e provarvos-ei que elas não acreditam. Alguns há que tentam
fazê-lo, mas são inconsistentes - absolutamente inconsistentes, pois tal
doutrina é tão incompatível, tão
absolutamente destoante das revelações do Senhor, que é simplesmente impossível
crer-se em ambas. (...) Afirmo com toda ênfase, não podeis crer nessa teoria da
origem do homem e ao mesmo tempo aceitar o plano de salvação, conforme é apresentado pelo Senhor, nosso
Deus. Tereis que escolher um e rejeitar
o outro, pois são diretamente conflitantes e separados por um tão grande
abismo, que não pode ser transposto, por mais que se tente. (...) Adão, e com
isto quero dizer o primeiro homem, não era capaz de pecar. Não podia
transgredir, e com isto trazer ao mundo a morte; pois, segundo essa teoria,
sempre houve morte no mundo. Se, portanto,
não houve queda, não havia
necessidade de expiação, seguindo-se que a vinda do Filho de Deus como o
Salvador do mundo é uma contradição, uma
coisa impossível. Estais preparados para
crer numa coisa dessas?" (Doutrinas de Salvação, Vol. I, pg. 153-154).
4.
A vida surgiu acidentalmente e se
desenvolveu por bilhões de anos... O Manual do Aluno do Instituto do Velho
Testamento (Curso de Religião 301) diz que há três teorias sobre a idade da
Terra e sobre os dias de criação. A primeira leva a palavra "dia" de
Gênesis 1 em um sentido literal - um dia tem 24 horas. A segunda teoria afirma
que cada dia para Deus é mil anos para o homem. A base para essa interpretação
é Abraão 3:2-4, Salmos 90:4 e II Pedro 3:8. A terceira teoria afirma que a
palavra "dia" indica um período indeterminado. "Se esse foi o
sentido em que Moisés usou a palavra dia, então o aparente conflito existente
entre as escrituras e a maior parte das evidências apresentadas pelos
cientistas apoiando a ideia de que a Terra é de idade avançada, fica facilmente
resolvido. Cada era ou dia da criação poderia ter durado milhões de anos
terrenos (...)" ("A Criação", pg. 26-27). O Presidente Brigham
Young, falando a respeito dos seis dias da criação, disse que seis dias “é
apenas uma expressão, mas não importa se ela levou seis dias, seis meses ou
seis mil anos. A criação durou determinados períodos de tempo. Não estamos
autorizados a dizer qual foi a duração desses dias, se Moisés usou essas
palavras como as usamos, ou se os tradutores da Bíblia deram a essas palavras o
significado que quiseram. Contudo, Deus criou o mundo. Deus reuniu o material
com o qual Ele formou esta Terra firme sobre a qual vagamos. Há quanto tempo
existia esse material? Uma eternidade, em determinada forma e condições”. (Discourses
of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, 1971, p. 100; ver também Alma 40:8). A Igreja não tem
uma posição oficial sobre a idade da Terra ou sobre como deve ser interpretada
a palavra "dias" na Criação. A Igreja interessa-se em responder o motivo pelo qual a Terra foi criada -
e é este: " Eis que o Senhor criou a terra para que fosse habitada; e
criou seus filhos para que a habitassem " (1 Néfi 17:36). A ciência é
convidada e contribuir e explicar o "como?". Pessoalmente vinculo-me
a ideia de que "dia" no relato da criação não se refere a um período
de 24h. E isto é óbvio para mim porque no início da criação não existia Sol,
nem Terra, nem um sistema de rotação planetária que permitiria contar dias,
meses, anos e estações).
5.
A vida surgiu acidentalmente e se
desenvolveu por bilhões de anos, em um processo lento,
partindo de uma forma de vida primitiva e simplória para uma mais desenvolvida
e complexa... Harold
G. Coffin, paleontólogo renomado disse: "Chegou o momento em que devemos
fazer um novo exame das evidências que Charles Darwin usou para apoiar sua
teoria da evolução, a luz das inúmeras informações cientificas recentes. (...)
Quatro considerações nos levam a esse resultado. (1) A vida é sem paralelo; (2)
os animais de estrutura complexa apareceram subitamente; (3) nos passado, a
probabilidade de mutação era muito limitada; (4) no presente, a probabilidade
de mutação é muito limitada." ("Creation: The Evidence from
Science", pg. 1; citado também no Manual
do Aluno do Velho Testamento, pg. 33). Então o doutor Coffin passa a
explicar cada uma de suas considerações. Devido a qualidade de seu trabalho
reproduziremos abaixo suas explicações:
a. A vida é sem paralelo. "O cientista
Homer Jacobson relata o seguinte, na revista American Scientist, de janeiro de
1955: 'Do ponto de vista da probabilidade, a transformação dos elementos atuais numa só molécula de
aminoácido seria extremamente impossível, mesmo que dispuséssemos de todo o
tempo e espaço necessário para dar origem à vida terrena. "Somente a ma i
s simples dessas proteínas (a salmina)
poderia ter-se originado desses elementos, mesmo que a terra estivesse coberta
por uma camada de aminoácidos de 750
metros de espessura durante um bilhão de anos! Por mais fantasiosos que
fôssemos, não poderíamos supor que as condições atuais pudessem dar origem até mesmo a uma só
molécula de aminoácido, e que ela,
espontânea e casualmente, pudesse transformar-se num complexo organismo
protoplasmático, dotado de um metabolismo e com capacidade de auto-reprodução." (Homer Jacobson, "In formation,
Reproduction and the Origin of
Life", American Scientist,
janeiro de 1955, pg. 125). "Outro
cientista, impressionado com as probabilidades contrárias à formação casual de
proteínas, manifestou sua opinião, declarando o seguinte: 'Podemos calcular perfeitamente
a possibilidade destes cinco elementos (carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e enxofre) se reunirem e
formar uma molécula, a quantidade
de matéria que deve estar em constante
vibração e o período de tempo necessário
para se completar a tarefa. Charles Eugene Guye, matemático suíço, fez os cálculos e descobriu que as
possibilidades contrárias a tal ocorrência são de 10160 contra 1, ou somente de uma chance
favorável em cada 10160; isto é, 10 multiplicado por si mesmo 160 vezes, um
número tão grande, que mal podemos expressá-lo em palavras. O volume de
matéria que deveria combinar-se para produzir uma única molécula de
proteína seria milhões de vezes maior
que o que encontramos em todo o universo .
Para que isso ocorresse na Terra,
somente seriam necessários muitos, quase
que incontáveis bilhões (10243) de anos.'
(Frank Allen, "The Origin of
the World by Chance or Design?"
citado por John Clover Monsma, em The
Evidence of God in an Expanding Universe, pg. 23)"
b.
Os animais
de estrutura complexa apareceram subitamente. Em 1910, Charles Walcott,
quando cavalgava pelas Montanhas Rochosas canadenses, fez uma importante descoberta de fósseis
marinhos. O local forneceu a mais completa coleção de fósseis do período cambriano que conhecemos.
Walcott encontrou animais de corpo mole preservados n o
lodo de fina textura. Muitas espécies de vermes, camarões e crustáceos deixaram a impressão de suas
formas na argila, que posteriormente endureceu. Entre as impressões, foram encontradas até mesmo
marcas das partes internas, como a dos
intestinos e estômagos. As criaturas eram cobertas de pêlos, espinhos e
apêndices , inclusive maravilhosos detalhes das estruturas tão características
dos vermes e crustáceo. (...). Eles possuíam
partes bucais complexas, para poderem extrair tipos especiais de alimentos da
água. Não havia nada de simples ou primitivo naquelas criaturas. Elas
poderiam ser comparadas aos vermes e crustáceos que hoje conhecemos. Não obstante, elas são
encontráveis nas rochas mais antigas que contenham um número bastante significativo de
fósseis. Onde estão os ancestrais deles?"
" O que você acabou de ler até aqui, não é novidade. Este problema é
conhecido pelo menos desde a época de Charles Darwin. Se a evolução progressiva
dos organismos simples aos mais complexos for correta, deveriam ser encontrados
os ancestrais dessas criaturas vivas
plenamente desenvolvidas do período cambriano; mas eles não foram encontrados,
e não existe a menor perspectiva de que venham a sê-lo. "Baseando-nos
apenas nos fatos e nas evidências que encontramos atualmente sobre a
terra, a teoria de um súbito ato criador
em que as formas maiores de vida foram colocadas neste planeta, se encaixa
melhor no contexto histórico."
c.
As
espécies básicas de animais não mudaram."Os cientistas que estudam
os fósseis, descobriram outra informação
interessante . Os animais de estrutura complicada não apenas aparecem
subitamente nas rochas inferiores do
período cambriano, mas também as
formas básicas de animais não sofreram grande alteração desde aquela época
(...) Esclarecendo melhor, este é o problema dos elos perdidos. Não é o caso de
apenas um elo faltando, n e m mesmo de
diversos deles. Os evolucionistas se
defrontam agora com o problema de toda uma série de seções de elos faltando na
corrente da vida. G.G. Simpson, bastante
cônscio desse problema, declarou: 'Uma característica invariável dos fósseis que conhecemos demonstra que a
maioria deles apareceu subitamente. Eles não são, de maneira geral, o resultado
de uma sequência de precursores mutantes, como Darwin acreditava, no caso da
evolução.' ( The Evolution of Life, pg.
149). "Vemos, assim, que não só o aparecimento de animais de estrutura
completa e intrincada é um problema para os que defendem a evolução, mas que é
igualmente sério o problema da ausência de mutação de uma espécie maior para outra. Repetimos
que este não é um problema novo. Logo depois que o s colecionadores começaram a reunir fósseis,
tomou-se óbvio que pertenciam às mesmas
categorias maiores, assim como as plantas e animais da época moderna. Alguns cientistas
comentaram, recentemente, sobre a falta de mutação e a ausência de elos de
ligação entre espécies especificas de animais (...) " Todo estudante
colegial, já teve a oportunidade de ver gravuras, talvez até mesmo em seus
livros de biologia, retratando um ser cabeludo e semi nu, o homem de Neanderthal - de pescoço curto, ombros caídos, pernas arqueadas
e aparência bestial. Tal gravura é fruto da descrição do homem de Neanderthal
feita pelo francês Boule, em 1911-13.
(Marcellin Boule, Fossil Men) Esse
retrato tem sido publicado sem alterações, de
um livro para outro, ano após
ano, (...). Porém, Boule baseou sua descrição originalmente num esqueleto cujos
ossos, segundo se verificou recentemente, haviam sido gravemente deformados
pelo artritismo. " William Straus e A.
J. E. Cave, os dois cientistas
que descobriram o fato declararam: 'Assim sendo, não existe uma razão aceitável
para crermos que a postura do homem de
Neanderthal, do quarto período glacial, diferia significativamente da do
homem moderno (...) Não obstante, se pudéssemos revivê-lo e colocá-lo num metrô
de Nova loque - desde que tivesse tomado
banho, feito a barba e vestisse roupas
modernas - duvido muito ele que chamasse mais atenção que qualquer um de seus
concidadãos.' (William L. Straus, Jr., e A. J. E. Ca v e, "Pathology
and the P osture of Neanderthal Man", Quarter/y Review of
Biology , dezembro de 1957, pg. 358-359).
Esse parecer foi escrito há alguns anos.
Hoje em dia, mesmo sem se barbear, o homem de Neanderthal não atrairia a menor
atenção!"
d.
Atualmente
a mutação é limitada. Evolução - "este vocábulo significa
simplesmente 'transformação' e baseando-nos nesse conceito, a evolução é uma realidade .
Não obstante, a maioria das pessoas entende que evolução significa uma
transformação progressiva através do tempo, de organismos mais simples para
mais complexos, de formas primitivas para formas com características mais
avançadas. Esta definição desse termo não é baseada em fatos. O estudo da
hereditariedade já revelou princípios e fatos que podem provar a evolução, se
entendermos a palavra evolução no sentido de 'mudança'. Mas as aparentes e
pequenas transformações que ocorrem hoje
em dia nos organismos vivos não nos fornecem base alguma para
concluirmos que, no passado, houve uma ilimitada mutação (...) "Sim,
hoje em dia estão-se formando novas
espécies de plantas e animais. A quase
infindável intergradação de animais e plantas que existe no mundo, a fantástica
degeneração entre os parasitas e as adaptações para ataque e defesa, levam-nos à conclusão inevitável de que tem
havido uma transformação. Todavia, o
problema das mutações maiores, de uma espécie fundamental para outra, continua
a ser uma das maiores incógnitas com que se defrontam os evolucionistas. Os
animais e plantas modernas podem sofrer transformações, mas o número de
mutações é limitado. Os laboratórios da ciência não foram capazes de demonstrar
que houve transformação de uma espécie maior para outra, nem tal mutação ocorreu na história passada da terra, se levarmos em
conta as evidências que nos dão os registros fósseis."
e.
Conclusão.
"A constante exposição a uma das teorias da origem, somente uma, convenceu muitas pessoas de que não existe outra alternativa, e que a
evolução é a resposta mais completa. Quão infeliz é o fato de a maioria
dos milhões de pessoas que atravessam o
s processos educacionais terem pouca
oportunidade de avaliar as evidências que existem em ambos os lados! "O
exame dos fósseis, registros petrificados do passado, nos ensinam que os complexos organismos vivos
surgiram subitamente (em outras palavras, sem avisar) sobre a face da terra.
Outrossim, o tempo não os modificou os
suficiente a ponto de alterar o relacionamento básico que têm uns
com os outros. Os organismos vivos
modernos nos ensinam que a transformação
é uma característica da vida e do tempo,
mas também nos esclarecem que há limites que ela não pode ultrapassar de maneira natural, e que os
homens foram incapazes de forçá-la a tal. Ao considerar as coisas vivas antigas ou modernas, o homem não deve
esquecer-se de que está tratando com a
vida, uma força profundamente singular que ele não tem a capacidade de criar e
que está tentando desesperadamente entender. "Estes são os fatos; aqui estão as evidências; eis as
razões seguras por que devemos acreditar que a vida se originou através de um ato criativo. Já é tempo de cada indivíduo
ter a oportunidade de conhecer o s fatos e tomar uma decisão inteligente."
6.
A vida surgiu acidentalmente e se
desenvolveu por bilhões de anos, em um processo lento, partindo de uma forma de
vida primitiva e simplória para uma mais desenvolvida e complexa, por meio da Seleção Natural. Alguns dos
maiores críticos de Darwin ainda não foram silenciados pelos evolucionistas.
Que há uma mutação e uma luta pela sobrevivência parece evidente. Porém, a
afirmação que uma seleção natural teria feito com que um peixe tenha virado um
dinossauro e um dinossauro tenha se transformado em um passarinho é passível de
severas críticas - ainda que essas críticas não sejam corriqueiramente exibidas
nas salas de aula (como se todos aceitassem como verídica e indiscutível a
Teoria da Evolução). Um dos pais da Paleontologia, Richard Owen, de maneira um
tanto arrogante e sarcástica, é verdade, escreveu uma das primeiras críticas a
teoria de Darwin: "As especulações impetuosas do Sr. Darwin denigrem a
ciência (...) E, ele não sabe nada de fósseis - se ele soubesse, saberia que os
ictiossauros apareceram no Jurássico Inferior, mantiveram-se inalterados e
depois desapareceram. Não há qualquer sinal de evolução nisso!". Thomas
Henry Huxley, amigo de Darwin, disse sobre a obra de Darwin, A Origem das Espécies: "É uma obra
magnífica! Prova a existência da evolução. (...) Sim [a Seleção Natural] é
lógica. É simples. Mas o sr. Darwin viu realmente uma espécie originada da
Seleção Natural? Será que ele pode provar que ela realmente existe? Bem, não. É
uma hipótese. Talvez a melhor existente, mas - e eu digo isso como um amigo - o
Sr. Darwin realmente não provou sua tese." (Ambas as declarações são
citadas em um Documentário da BBC "What Darwin Didn´t Know").
Ciência e religião
não precisam travar uma guerra. Um capítulo interessante da História da Igreja
demonstra bem isso. B. H. Roberts, que serviu na Presidência dos Setenta e é
considerado um dos maiores Historiadores da Igreja, escreveu um livro para ser usado
nos cursos do sacerdócio. Um comitê compostos de vários apóstolos, no final da
década de 20, se reuniram para estudar o livro, revisá-lo e para aprová-lo ou
não. Os irmãos do comitê eram: George Albert Smith, que mais tarde seria
apoiado como Presidente da Igreja; Joseph Fielding Smith, talvez o maior
teólogo da Igreja (e que também, mais tarde, se tornaria presidente da Igreja);
e David O. MacKay (também futuro presidente da Igreja); Stephen L. Richards e
Melvin J. Ballard.
Os irmão do Comitê
elogiaram amplamente o livro, mas estavam em desacordo sobre uma parte na qual
o Élder Roberts unia ideias da teoria da Evolução com as doutrinas da Criação.
O Élder Smith achava inconcebível harmonizar a teoria de Darwin, como ensinada
na época nas escolas, com o as escrituras. Segundo o Élder Smith não havia morte
antes de Adão comer do fruto. O Élder Roberts foi convidado a alterar seu
manuscrito, mas após revisá-lo não percebeu como poderia fazê-lo. Ele solicitou
nova vista. O caso se tornou tão sério que acabou chegando a Primeira
Presidência. De um lado, o Élder Smith defendia que não havia possibilidade de
fundir teoria evolucionista com o evangelho, do outro Élder Roberts afirmava
que, em alguma medida, realmente havia uma evolução, e que havia meios de
aceitarmos uma coisa e outra sem refutar os ensinamentos da verdade divina.
A Primeira
Presidência analisou cuidadosamente as duas posições. Antes disso, o Élder
Talmage, apóstolo e geólogo, e o Élder John A. Widtsoe, apóstolo e físico,
tomaram, ainda que informalmente, uma posição intermediaria a do Elder Roberts
e do Elder Smith. Mas todos os membros dos Doze e demais Autoridades Gerais
esperaram a Primeira presidência se manifestar.
O Presidente da
Igreja, na época, era Heber J. Grant. Ele e seus conselheiros enviaram uma
proclamação para Igreja dizendo que Adão era nosso pai, e que isso havia sido
revelado claramente nas escrituras. Ele era o primeiro homem, e o primeiro pai.
Disseram que o Senhor não havia revelado o "modus operandi" da
Criação. Explicaram que o propósito da Igreja era o de salvar almas, e que a
geologia, paleontologia, arqueologia e outras ciências não tinham esse fim - e
nos assuntos da Igreja deviam ser deixadas de lado.
O manuscrito do
Élder Roberts não foi publicado pela
Igreja. Ele, o Élder Roberts, permaneceu fiel e ficou conhecido pela Igreja
como o "Defensor da Fé". Embora ele e Élder Joseph Fielding Smith
tivessem grande divergência em alguns pontos de opinião (como no caso da teoria
da evolução), eram bons amigos e se tratavam com grande cordialidade. (Essa
história pode ser encontrada no livro BYU
Studies, capítulo "The story of the truth, the way, the life",
pg. 692-741).
As diferenças de
opinião entre Autoridade Gerais não são novidade de nossa dispensação. Na
Igreja antiga aconteciam (Atos 15:2, 7, 36-40). O milagre da Igreja é que,
diferente de qualquer outra organização, os irmãos que dirigem o Reino o fazem
em nome e pelo poder de Cristo – e após as deliberações, sempre fazem a vontade
de Deus, numa harmonia tal que os qualifica a se tornarem unos de coração e vontade.
Os líderes da
Igreja possuem suas próprias opiniões e ideias sobre diversos assuntos e são
livre para expressá-los quando estão reunidos em seus quoruns. Mas quando o
Presidente toma uma decisão todos a aceitam e a apóiam - isso acontece de
maneira pacífica e ordenada - pois é à maneira do Senhor.
No caso da Teoria
da Evolução o Senhor não deu uma resposta direta - ou seja, não houve uma
declaração oficial da Igreja refutando-a ou aceitando-a, nos termos que era
aceita pelos cientistas em meados do século passado. Sabemos que Deus vive, que
criou Adão e Eva e qual o propósito de todas essas coisas.
Eu contei esse interessante
fato da História da Igreja porque ilustra muito bem que há espaço para a
investigação científica para os santos dos últimos dias, mas que o propósito da
Igreja é o de salvar almas. Quando o Senhor achar conveniente nos dirá
exatamente como criou a Terra e tudo
o que nela há. Evidentemente algumas teorias lançam fora e distorcem os
princípio e doutrinas fundamentais do evangelho. Estas devem ser refutadas.
Devemos ter
cuidado de nos púlpitos e nas salas de aula da Igreja de ensinar a doutrina
aprovada e não nossas próprias ideias e teorias.
No final,
entretanto, descobriremos que ciência e religião podem ser e são
complementares. Para Deus, de fato, não há uma separação. As coisas materiais e
espirituais são uma coisa só e a verdade é una e indivisível no final.
A guerra entre
ciência e religião pode ser superada se tão somente mantermos ambas em seus
devidos lugares - até que a verdade seja reunida em uma só. A ciência buscando
o como e religião o porquê.
Dois biólogos
santos dos últimos dias fieis escreveram um livro chamado "Evolution and
Mormonism: A Quest for Understanding" ("Evolução e mormonismo: a
busca pela compreesão") onde eles procuram exatamente conciliar uma coisa
e outra. Como falei acima, a Teoria da Evolução é uma questão em aberto -
porque é uma questão cientifica. Quanto aos princípios do evangelho estamos
todos de acordo e procuramos a verdade onde pudermos. Em nosso empenho, Deus
nos revelará seus mistérios - até mesmo as "verdades científicas" –será,
contudo, a seu próprio modo e a seu próprio tempo (D&C 88:68).
Há vários
cientistas, filósofos e teólogos que possuem bons argumentos contra a teoria da
evolução (por exemplo: http://www.youtube.com/watch?v=uWtnsgcaCg0).
Esse documentário, muito interessante, pode ser útil para verificação que há
muitas outras abordagens a serem feitas diante da origem da vida: http://www.youtube.com/watch?v=sqmr5qMz7lE&feature=channel&list=UL
. Recomenda-se também a leitura do livro do físico e judeu Nathan Avizer,
"No Inicio", onde há exposição de vários argumentos científicos a
favor do relato bíblico.
Mas, a despeito da
opinião dos homens, podemos seguramente saber, por meio de revelação, que Deus
criou a Terra e tudo que nela há. Ele criou a Terra com um propósito. Ele te
criou com um propósito. Há uma grande recompensa para aqueles que procuram
saber quem são, e depois de descobrirem se empenham em viver a altura deste
conhecimento.
Eu sei que Deus
vive, que Ele é meu Pai Celestial. Sei disso independentemente de outras
pessoas. Sei que Ele criou Adão e Eva e possibilitou sua vida na Terra. Assim
sendo, rejeito parte da teoria de Darwin. Entendo porém, que ela contribuiu
para esclarecer certos pontos e permitir a discussão de outros.
Para terminar
desejo mencionar duas passagens do discurso de Jacó, em 2 Néfi 9:
"Oh! Quão
astuto é o plano do maligno! Oh! A vaidade e a fraqueza e a insensatez dos
homens! Quando são instruídos pensam que são sábios e não dão ouvidos aos
conselhos de Deus, pondo-os de lado, supondo que sabem por si mesmos; portanto
sua sabedoria é insensatez e não lhes traz proveito. E eles perecerão. Mas é
bom ser instruído, quando se dá ouvidos aos conselhos de Deus." (vv.
28-29)
“O, meus amados
irmãos, vinde, pois, ao Senhor, o Santo. Lembrai-vos de que seus caminhos são
justos. Eis que o caminho para o homem é estreito, mas segue em linha reta
adiante dele; e o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não tem
servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta; porque ele
não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome.
E a quem quer que
bata, ele abrirá; e os sábios e os instruídos e os ricos que são orgulhosos de
seu conhecimento e de sua sabedoria e de suas riquezas---sim, estes são os que
ele despreza; e a menos que se despojem de todas estas coisas e se considerem
insensatos diante de Deus e se humilhem profundamente, ele não lhes abrirá.
As coisas dos
sábios e dos prudentes, porém lhes serão ocultas para sempre---sim, aquela
felicidade que está preparada para os santos." (vv. 41-43)
___________________________________
Observe a tabela abaixo que resume meu texto. Perceba que na maioria dos itens é possível conciliar os tipos de conhecimento (azul). Todavia, alguns pontos da Teoria da Evolução são incompatíveis com o evangelho - especialmente os que excluem um Deus criador (vermelho).
Observe a tabela abaixo que resume meu texto. Perceba que na maioria dos itens é possível conciliar os tipos de conhecimento (azul). Todavia, alguns pontos da Teoria da Evolução são incompatíveis com o evangelho - especialmente os que excluem um Deus criador (vermelho).
Tema/Assunto
|
Doutrinas do Evangelho
|
Teoria da Evolução (neodarwinismo)
|
Abordagem típica
|
Por quê?
(Exemplo: Por que o
homem foi criado? Qual a razão?)
|
Como?
(Exemplo: Como o
homem foi criado? Qual o processo?)
|
Metodologia
|
Buscar respostas
por meio de revelação espiritual
|
Buscar respostas
analisando dados e fazendo experimentos
|
Verdade
|
“Existem verdades
absolutas e verdades relativas (...) Existem muitas ideias Já explicadas ao
mundo e que foram mudadas para satisfazer às necessidades da verdade, à
medida que esta foi sendo descoberta. Existem verdades relativas, e também
verdades absolutas, que são as mesmas ontem, hoje e para sempre - nunca se
modificam. Essas verdades absolutas não são alteradas pelas opiniões dos
homens. À medida que a ciência tem expandido nossa compreensão do mundo
físico... Certas ideias aceitas têm sido abandonadas com o surgimento de
novas verdades.
Algumas dessas
verdades aparentes foram fortemente mantidas durante séculos. A pesquisa
sincera da ciência repousa, frequentemente, só no limiar da verdade, ao passo
que os fatos revelados nos dão certas
verdades absolutas como ponto de
partida, para que venhamos a entender a natureza do homem e o propósito da vida.”
Aprendemos a
respeito dessas verdades absolutas ao sermos ensinados pelo Espírito. Essas
verdades são "independentes" em sua esfera espiritual, devendo ser
descobertas espiritualmente embora possam ser confirmadas pela experiência e
pelo intelecto. (Ver D&C 93:30.)” (Spencer W. Kimball, "Verdade
Absoluta", A Liahona, julho de
1979, pp. 1-4.)
|
A ciência em geral
não anela pela verdade absoluta. A ciência procura uma verdade funcional – um
modelo ou uma aproximação que seja útil para explicar fenômenos e coisas.
Teorias são formadas com base em estudos de intelectuais. Devido a novas
descobertas as teorias estão em constante alteração.
A ciência tem um
papel fundamental em nossa busca pela verdade. As pesquisas de Charles Darwin
e de seus sucessores, por exemplo, trouxeram grande conhecimento para o homem
atual. Utilizar esses trabalhos que exigiram tanto para compreender o mundo
ao nosso redor é nobre e conduz a um contentamento real.
|
Busca pela verdade
|
O Senhor deleita-se
em revelar seus mistérios (D&C 76:5). Mas o faz ao penitente (Alma 26:21)
– isto é, aquele que busca sinceramente (1 Néfi 10:19)
|
Filosoficamente e
moralmente o cientista esta comprometido com a busca da Verdade. Há padrões, métodos
e normas que procuram garantir um resultado não apenas adequado, mas correto.
|
Deus
|
Deus vive e é Nosso
Pai Celestial; Ele criou a Terra e tudo que Nela há. Conhecer a Deus e
segui-lo é o que traz felicidade
|
Não se preocupa em
explicar Deus ou sua relação com o homem – já que os métodos utilizados são
falhos em provar com segurança assuntos relacionados à fé
|
Surgimento do Universo e da Vida
|
A vida foi planejada. Deus criou a Terra
conforme o relato de Gênesis 1-2. Outros relatos da Criação, encontrados em
outros livros de escrituras – e a revelação moderna – acrescentam mais luz a
este evento transcendental. A Criação foi planejada. Jeová e outros
organizaram elementos pré-existentes para que os espíritos pré-mortais, que
eram filhos de Deus, o Pai, pudessem ter “tabernáculos” de carne e ossos para
serem provados em todas as coisas, e no final, obterem exaltação.
|
Se houve um gesto
divino ou não a Teoria não se preocupa em explicar. Neodarwinistas acreditam,
em sua maioria, que houve um “Big
Bag” – e, após isso, o Universo progrediu exponencialmente – resultado na
formação acidental de nosso
planeta. Devido a uma série de incidentes (e acidentes) a vida surgiu com
organismos muito simples que podiam se reproduzir. Daí para frente, milhões
de anos se passaram e a vida foi adquirindo mais complexidade. Plantas
surgiram. Animais apareceram – peixes, anfíbios e outras formas de vida –
depois repteis e mamíferos – por fim as aves.
|
Dinossauros e outros animais
pré-históricos
|
Élder Talmage, um
apóstolo, que escreveu “Jesus, o Cristo”, era geólogo e estudava as rochas e
os fósseis; (Utah é um dos lugares onde há mais fósseis de dinossauros no
mundo – lá se encontra o “Monumento Nacional do Dinossauro” e neste Estado
morava Élder Talmage); Ele disse: Os animais fossilizados – que incluem os
dinossauros “viveram e morreram, de era em era, enquanto a Terra ainda não
estava pronta para o homem ser colocado nela.” (Tradução livre de “Questions
and Answers,” Tambuli, Apr 1988, 29–32)
Os detalhes do
propósito desses animais são desconhecidos. O Senhor disse que revelaria
esses mistérios no futuro (101:32-34)
|
Existiram
dinossauros e outros animais pré-históricos das mais diversas formas e
tamanhos. Seus fosseis são encontrados em todo o mundo. Neodarwinianas tentam
montar uma “árvore genealógica” – procurando uma origem comum para todas as
espécies.
Por alguma razão
desconhecida os dinossauros e muitos outros animais e plantas foram extintos
no final do período cretáceo – 60 milhões de anos atrás.
|
Hominídeos que antecedem o homem moderno
(homo sapiens sapiens)
|
Adão foi o primeiro
homem. E Eva a primeira mulher. Eles eram semelhantes a Deus – e parecidos
conosco. Essa é a doutrina.
Especula-se que os
seres, semelhantes ao homem (na forma física), como o Homem de Neandertal
viveram e morreram antes da Queda – antes mesmo de Adão ser criado. Eles não eram filhos de Deus – ou seja, não
possuíam dentro de si um espírito pré-mortal capaz de progredir e tornar-se
como o Pai Celeste. Sem dúvida, tais seres possuíam um espírito – assim como
toda planta e animal possuem. Sua vida e propósito são um mistério.
|
O homem atual é
muito semelhante a outros animais que viveram a milhares de anos. Devido as
similaridade existentes cientistas traçaram uma linha evolutiva para explicar
a atual condição e complexidade humana. Neordawinistas afirmam que o homem
descende de um ancestral que é comum ao macaco. E por isso muitos deles
desacreditam na afirmação bíblica de que o homem surgiu em um evento único.
|
Extinção
|
A extinção natural
faz parte do Plano de Deus. Deus extingue os animais (Isaías 50:2, D&C
133:68). Ele faz isso para cumprir Seus propósitos.
Toda vida, vegetal
e animal, contudo, ressuscitará, pois o sacrifício de Cristo abrange toda
Criação (D&C 76:43).
|
A extinção, por
meio da seleção natural, é uma das bases da Teoria da Evolução. Seres mais
adaptados ao meio em que vivem tem mais chances de sobreviver e se perpetuar.
|
Tempo da Terra antes do homem
|
O Presidente
Brihgam Young, falando a respeito dos seis dias da criação, disse que seis
dias “é apenas uma expressão, mas não importa se ela levou seis dias, seis
meses ou seis mil anos. A criação durou determinados períodos de tempo. Não
estamos autorizados a dizer qual foi a duração desses dias, se Moisés usou
essas palavras como as usamos, ou se os tradutores da Bíblia deram a essas
palavras o significado que quiseram. Contudo, Deus criou o mundo. Deus reuniu
o material com o qual Ele formou esta Terra firme sobre a qual vagamos. Há
quanto tempo existia esse material? Uma eternidade, em determinada forma e
condições”. (Discourses of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, 1971, p. 100;
ver também Alma 40:8.)
O Élder Bruce R.
McConkie ensinou que um dia, no relato da Criação, “é um período específico
de tempo; é uma era, um éon, uma divisão da eternidade; é o intervalo entre
dois eventos conhecidos. E cada dia tem a duração, seja ela qual for,
necessária para seus propósitos (…). Não existe nenhuma revelação que
especifique que cada um dos ‘seis dias’ referidos na Criação tenha tido a
mesma duração”. (“Christ and the Creation”, Ensign, junho de 1982, p. 11.)
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O Planeta teria
sido formado a 4,5 bilhões de anos. A vida na Terra teria surgido há cerca de
três bilhões de anos, provavelmente quando formas primitivas desenvolveram
estratégias mais eficazes de captar energia do sol.
A chave desse
cálculo foi encontrada medindo a quantidade de urânio e de chumbo nas rochas
mais antigas do planeta. A radiação faz os átomos de urânio perderem
partículas, transformando-se em chumbo. Após certo tempo, chamado meia-vida,
resta só metade do urânio. Conhecendo esse tempo de meia-vida e medindo a
quantidade de urânio e de chumbo nas rochas mais antigas da Terra,
calculou-se a idade do planeta
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Morte antes de Adão
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Não havia morte antes de Adão e Eva
comerem do fruto proibido. Entretanto, essa afirmação é relativa, e deve
ser entendida dentro do correto contexto. Por exemplo: é doutrina da Igreja
que Deus passou por um processo parecido com o que passamos atualmente –
sendo provado em uma Terra e adquirindo sua Exaltação. Então, Ele precisou
nascer, viver, morrer e ressuscitar. Assim
houve morte antes de Adão. Também sabemos que essa Terra não é uma
criação única – e nem a primeira de Deus. Ele criou “mundos incontáveis”. Ele
disse: “E como uma terra com seu céu passará, assim outra surgirá; e não há
fim para minhas obras” (Moisés 1:33-38). Também diversos animais e plantas
viveram e morreram para preparar a Terra para a criação final: o homem Adão e
a mulher Eva, como esta claro em declarações das Autoridades Gerais.
Estudiosos da
Igreja especulam que quando a Terra foi santificada e concluída – no sétimo
dia – e o homem foi colocado no Jardim, à obra esta perfeita e não havia
morte. Adão precisou comer do fruto proibido para que a morte fosse
introduzida. Se não todas as coisas “deveriam permanecer (...) não tendo vida
nem morte, nem corrupção nem incorrupção” (2 Néfi 2:11)
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Sempre houve morte.
Organismos vivem e morrem. Na verdade, a morte é considerada uma
transformação – já que devido a decomposição e outros fatores ocorreu m
reciclagem de elementos. Essa transformação tem prosseguido dês do começo do
mundo. Darwinistas não discorrem sobre um primeiro homem – já que é difícil
empiricamente precisar que tenha havido um. Eles não debatem sobre um Jardim
e nem se preocupam com a Expiação. Já que sua abordagem de um foco diferente.
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[1] “Os três acontecimentos mais grandiosos que jamais ocorreram ou ocorrerão em toda a eternidade são os seguintes:
1. A criação dos céus e da Terra, do homem e de todas as formas de vida;
2. A queda do homem, de todas as formas de vida e da própria Terra, que perderam seu estado original e paradisíaco e se tornaram o que são hoje; e
3. A Expiação infinita e eterna, que resgata o homem, todos os seres vivos e também a Terra de seu estado decaído para que se efetue a salvação da Terra e de todos os seres vivos.
Esses três acontecimentos divinos - os três pilares da eternidade - estão inseparavelmente entrelaçados numa grandiosa tapeçaria conhecida como o eterno plano de salvação.” (A New Witness for the Articles of Faith, p. 81)
O Élder Bruce R. McConkie também disse que essas doutrinas fundamentais (a doutrina da Criação, da Queda e da Expiação) são “os maiores acontecimentos que já ocorreram em toda a eternidade”. Ele explicou: “Quando conseguimos compreendê-las, vemos todas as coisas do plano eterno entrarem no devido lugar e nos colocamos em condição de fazer o que é preciso para a
nossa própria salvação. (…) Esses são os três pilares que sustentam tudo o mais. Sem qualquer um deles, todas as outras coisas perderiam o sentido e os planos e desígnios de Deus seriam nulos” (“The Three Pillars of Eternity”, em Brigham Young University 1981 Firesides and Devotional Speeches, 1981, p. 27).
[2] Todo homem anela pela verdade, porque, como já expliquei a verdade conduz a liberdade e a felicidade eterna. A verdade é Cristo (Enos 1:26, Alma 5:48, João 1:17). E embora nem todos desejem aprender sobre Cristo - todos desejam bem-estar, proteção e salvação. Pois bem. Tudo isso é encontrado em Cristo Jesus. Além disso, verdade nos liberta (João 8:32): Cristo nos liberta! (João 8:36; 2 Néfi 9:19, 25- 26). O conhecimento da verdade (conhecimento de Cristo – de sua obra e glória), e aplicação desse conhecimento – que é sabedoria – é o que leva o homem a ter vida eterna, felicidade eterna (2 Néfi 2:27-28; D&C 42:61).
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