sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Separação entre a Luz e as Trevas


E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.


Gênesis 1:3-5



Deus fez separação entre a luz e as trevas. A oposição – que é vital para que o Plano de Deus exista – não se iniciou neste primeiro ato da Criação Física. Entretanto, fica claro que Sem a Noite, o Dia não existiria – e sem as trevas a luz não poderia ser considerada “boa”.

O profeta Leí foi além, ao explicar a necessidade e função da oposição. Ele disse:
“É necessário que haja uma oposição em todas as coisas. Se assim não fosse (...) não haveria retidão nem iniquidade nem santidade nem miséria nem bem nem mal. Portanto é preciso que todas as coisas sejam compostas em uma [ou seja, que tudo esteja relacionado]; pois se fossem um só corpo, deveriam permanecer como mortas, não tendo vida nem morte, nem corrupção nem incorrupção, nem felicidade nem miséria, nem sensibilidade nem insensibilidade.
Portanto teriam sido criadas em vão; portanto não haveria propósito na sua criação. Portanto isso destruiria a sabedoria de Deus e seus eternos propósitos, assim como o poder e a misericórdia e a justiça de Deus.” (2 Néfi 2:11-12).

Assim concluímos que a oposição permite que
1 – (perdão pela redundância) existam opostos: bem e mal, luz e trevas, retidão e iniquidade, etc.
2 – os elementos ou condições que estão em oposição estejam relacionados – porque se estivessem isolados não levariam a resultados efetivos, nem teriam propósito. Em outras palavras, se uma pessoa fizesse uma escolha essencialmente má – sem que houvesse um liame com uma escolha diametralmente oposta, que fosse essencialmente boa – tudo seria criado em vão, a sabedoria de Deus seria destruída e também seria destruído “seus eternos propósitos, assim como o poder e a misericórdia e a justiça de Deus”.

Falaremos mais sobre as condições para a existência do arbítrio – e sua relevância – em postagens futuras.

A separação entre a luz e as trevas marca o primeiro dia de Criação. Quanto ao “tempo” de cada dia de criação discorreremos na próxima postagem.


Estudo Adicional:
Video onde o Presidente Howard W. Hunter ilustra oposição por meio de uma história sobre uma regata Samoana Clique para assistir: "Oposição em Todas as coisas"

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Criação
 - Discurso do Elder Russell M. Nelson

Ler no site oficial: clique aqui

Por maior que seja o planeta Terra, ele é apenas uma parte de algo muito maior: O grande plano de Deus. Resumindo de maneira simplificada, a Terra foi criada para que as famílias existissem.




Por muito tempo haveremos de nos recordar desta inspiradora conferência no novo Centro de Conferências. Há não muito tempo, havia apenas um profundo buraco no solo onde este edifício agora se encontra. Observamos sua construção com muito interesse e admiração.

O processo de construção é verdadeiramente inspirador para mim. Desde a concepção até a conclusão, todo grande projeto de construção reflete o trabalho do Mestre Criador. De fato, a criação do planeta Terra e de todas as coisas vivas nela existentes é o alicerce de todas as outras capacidades criativas. Toda criação feita pelo homem somente é possível por causa de nosso divino Criador. As pessoas que desenham e constroem recebem a vida e sua capacidade daquele Criador. E todos os materiais utilizados na construção de um edifício no final provêm dos ricos recursos naturais da Terra. O Senhor declarou: "A Terra está repleta e há bastante e de sobra". 1

É difícil para a mente mortal compreender a grandiosidade da Criação. É muito mais fácil para nós pensarmos em coisas boas para comer ou divertidas para fazer. Mas eu gostaria de forçar nossa mente a pensar em coisas que estão além daquilo que nos é fácil apreender. A criação do homem e da mulher foi algo maravilhoso e grandioso. 2 O mesmo pode ser dito da criação da Terra como sua habitação na mortalidade.

Toda a Criação foi planejada por Deus. Um conselho foi convocado nos céus, do qual todos participamos. 3 Nesse conselho, o Pai Celestial anunciou Seu plano divino. 4 Ele também é chamado de plano de felicidade5 , plano de salvação 6 , plano de redenção 7 , plano de restauração 8 , plano de misericórdia 9 , plano de libertação 10 e evangelho eterno 11 . O propósito do plano é proporcionar aos filhos espirituais de Deus o progresso em direção à exaltação eterna.

Componentes do Plano

O plano exigia a Criação, e isso por sua vez exigia a Queda e a Expiação. Esses são os três componentes fundamentais do plano. A criação de um planeta paradisíaco veio de Deus. 12 A mortalidade e a morte foram introduzidas no mundo pela Queda de Adão. 13 A imortalidade e a possibilidade de alcançarmos a vida eterna foram proporcionadas pela Expiação de Jesus Cristo. 14 A Criação, a Queda e a Expiação foram planejadas muito antes do início da Criação propriamente dita.

Ao visitar o Museu Britânico em Londres certo dia, li um livro muito incomum. Não era uma escritura. Tratava-se de uma tradução para o inglês de um antigo manuscrito egípcio. Citarei um diálogo entre o Pai e o Filho que se encontra no livro. Referindo-Se a Seu Pai, Jeová, o Senhor pré-mortal, disse:

"Ele tomou o barro das mãos do anjo e fez Adão segundo Nossa imagem e semelhança e deixou-o jazer por quarenta dias e quarenta noites sem colocar o fôlego nele. E suspirou profundamente sobre ele, dizendo: 'Se Eu puser o fôlego neste [homem], ele terá de sofrer muitas dores'. E Eu disse a Meu Pai: 'Põe o fôlego nele; Eu serei seu advogado'. E Meu Pai disse-Me: 'Se Eu puser o fôlego nele, Meu Filho amado, Tu serás obrigado a descer ao mundo e sofrer muitas dores por ele antes de redimi-lo e trazê-lo de volta ao estado inicial'. E Eu disse a Meu Pai: "Põe o fôlego nele; Eu serei seu advogado e descerei ao mundo e cumprirei Tua ordem.'" 15

Embora esse texto não seja escritura, ele confirma as escrituras que ensinam a respeito do profundo e compassivo amor do Pai pelo Filho, e do Filho por nós atestando que Jesus Se ofereceu voluntariamente para ser nosso Salvador e Redentor. 16

O Senhor Deus declarou: "Esta é minha obra e minha glória: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem". 17 O mesmo que criou a Terra sob a direção do Pai mais tarde veio ao mundo para fazer a vontade de Seu Pai18 e cumprir todas as profecias referentes à Expiação. 19 Sua Expiação redimira todas as almas das penalidades decorrentes da transgressão pessoal, de acordo com as condições por Ele estabelecidas. 20

Fases da Criação

Cada fase da Criação foi muito bem planejada antes de ser executada. As escrituras nos dizem que "o Senhor Deus [criou] todas as coisas … espiritualmente, antes que elas existissem fisicamente na face da Terra".21

A Criação física propriamente dita foi dividida em períodos de tempo bem ordenados. Em Gênesis 22 e Moisés 23 , esses períodos são chamados de dias. Mas no livro de Abraão, cada período é chamado de tempo. 24 Quer receba o nome de dia, tempo ou era, cada fase foi um período entre dois acontecimentos identificáveis: Uma divisão da eternidade. 25

O período um incluía a criação do céu atmosférico e da Terra física, terminando com o surgimento da luz e das trevas. 26

No período dois, as águas foram divididas entre a superfície da Terra e o céu atmosférico. Foram tomadas providências para que as nuvens e a chuva dessem vida a tudo o que mais tarde habitaria sobre a face da Terra.27

No período três, teve início a vida vegetal. A Terra foi organizada para que produzisse relva, ervas, árvores e vegetação, cada qual produzindo suas próprias sementes. 28

O período quatro foi uma época de maior desenvolvimento. As luzes da expansão do céu foram organizadas para que houvesse estações e outros meios de medir o tempo. Durante esse período, o sol, a lua, as estrelas e a Terra foram colocados na devida relação uns com os outros. 29 O sol, com sua vasta reserva de hidrogênio, seria uma imensa fornalha para prover luz e calor para a Terra e a vida que nela existisse. 30

No período cinco, os peixes, as aves e "toda criatura vivente" foram acrescentados. 31 Eles foram criados de modo a serem fecundos e capazes de se multiplicar, tanto no mar quanto na Terra, cada qual segundo sua espécie. 32

No sexto período, teve continuidade a criação da vida. As bestas da Terra foram criadas segundo sua espécie, gado segundo sua espécie, e tudo que "rasteja sobre a Terra", também segundo sua espécie. 33 Então os Deuses Se reuniram em conselho e disseram: "Desçamos e formemos o homem a nossa imagem, segundo nossa semelhança. … Então os Deuses desceram para organizar o homem a sua própria imagem, para formá-lo à imagem dos Deuses, para formá-los, homem e mulher". 34 Assim foram criados Adão e Eva. 35 E eles foram abençoados para que fossem "frutíferos e se multipliquem e encham a terra e subjuguem-na e tenham domínio sobre os peixes do mar e sobre as aves do ar e sobre toda coisa vivente que se move sobre a Terra". 36

O sétimo período foi designado como um tempo de descanso. 37

A Criação Testifica da Existência de um Criador

Testifico que a Terra e toda a vida que nela existe são de origem divina. ACriação não aconteceu por acaso. Ela não foi feita do nada. E não é por mero acaso que a mente humana e as mãos humanas são capazes de construir edifícios ou criar computadores. Foi Deus quem nos fez, não nos criamos a nós mesmos. Somos o Seu povo! 38 A própria Criaçãotestifica a existência de um Criador. Não podemos negar o que há de divino na Criação. Sem nosso grato reconhecimento da mão de Deus naCriação, seríamos tão insensíveis em relação a nosso provedor quanto os peixinhos de um aquário. Com profunda gratidão, repito as palavras do salmista, que declarou: "Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas". 39

Propósito e Destino da Terra

A Terra é apenas uma das muitas criações presididas por Deus. Ele disse: "E mundos incontáveis criei; e também os criei para meu próprio intento; e criei-os por meio do Filho, o qual é meu Unigênito". 40 Por maior que seja o planeta Terra, ele é apenas uma parte de algo muito maior: O grande plano de Deus. Resumindo de maneira simplificada, a Terra foi criada para que as famílias existissem. As escrituras explicam que marido e mulher "serão uma só carne; e tudo isto para que a Terra cumpra o fim de suacriação". 41

E como parte do destino planejado para a Terra e seus habitantes, será aqui também que nossos antepassados mortos serão redimidos. 42 As famílias serão seladas para toda a eternidade. 43 Um forte elo será estabelecido entre pais e filhos. Em nossa época, uma perfeita, completa e plena união de todas as dispensações, chaves e poderes será estabelecida.44 Por esses propósitos sagrados existem tantos templos na Terra agora.

Embora nossa compreensão da Criação seja limitada, sabemos o suficiente para reconhecer seu significado sublime. E esse conhecimento será ampliado no futuro. As escrituras declaram: "No dia em que o Senhor vier, ele revelará todas as coisas --

Coisas passadas e coisas ocultas que nenhum homem conheceu, coisas da Terra pelas quais foi feita e seu propósito e seu fim --

Coisas muito preciosas, coisas que estão no alto e coisas que estão embaixo, coisas que estão dentro da terra e sobre a terra e nos céus." 45

Sim, receberemos mais luz e conhecimento. O Senhor disse: "E também, se existem limites determinados para os céus ou para os mares, ou para a terra seca, ou para o sol, lua, ou estrelas --

Todos os tempos de suas revoluções, todos os dias, meses e anos …; e todas as suas glórias, leis e tempos determinados serão revelados nos dias da dispensação da plenitude dos tempos." 46

No final, "a Terra será renovada e receberá sua glória paradisíaca". 47 Na Segunda Vinda do Senhor, a Terra será novamente transformada. Ela será devolvida a seu estado paradisíaco e será renovada. Haverá um novo céu e uma nova Terra. 48

Nossas Responsibilidades

Enquanto isso, meus irmãos e irmãs, devemos compreender quais são nossas importantes responsabilidades. Tanto as criações de Deus quanto as dos homens nos ensinam a importância de cada um dos componentes. Acham que daríamos pela falta de um pedaço de granito no exterior deste edifício? É claro que sim!

O mesmo se dá com cada filho ou filha de Deus. Não podemos deixar "que a cabeça … diga aos pés não ter deles necessidade; porque, sem os pés, como se sustentaria o corpo?" 49 Assim como "o corpo tem necessidade de todos os membros", da mesma forma a família necessita de todos os seus integrantes. 50 É preciso que todos os membros da família estejam ligados e selados uns aos outros e "todos sejam juntos edificados, a fim de que o sistema se mantenha perfeito". 51

A Criação, por maior que seja, não é um fim em si mesma, mas um passo no cumprimento de uma meta. Viemos à Terra por um breve período de tempo, a fim de suportar nossos testes e provações e preparar-nos para seguir em frente e para o alto, rumo a uma gloriosa recepção de volta ao lar. 52 Nossos pensamentos e ações, enquanto estivermos aqui, sem dúvida serão mais plenos de propósito, se entendermos o plano de Deus e formos gratos por Seus mandamentos e obedientes a eles. 53

Como beneficiários da divina Criação, o que faremos? Devemos cuidar da Terra, ser mordomos prudentes e preservá-la para as futuras gerações. 54Precisamos amar e cuidar uns dos outros. 55

Devemos ser criadores à nossa própria maneira, edificando uma fé individiual em Deus, no Senhor Jesus Cristo e em Sua Igreja. Devemos criar uma família e ser selados no templo sagrado. Devemos edificar a Igreja e o reino de Deus na Terra. 56 Devemos preparar-nos para nosso próprio destino divino: Glória, imortalidade e vidas eternas. 57 Essas bênçãos sublimes podem todas ser nossas, por meio de nossa fidelidade.

Testifico que Deus vive! Que Jesus é o Cristo e o Criador! Ele é o Senhor de toda a Terra. Ele estabeleceu Sua Igreja nestes últimos dias para levar a efeito Seus propósitos divinos. Joseph Smith é o grande profeta da Restauração. O Presidente Gordon B. Hinckley é Seu profeta hoje, a quem apóio com todo o coração, em nome de Jesus Cristo. Amém.


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Notas de Rodapé


1. D&C 104:17.



2. Ver Russell M. Nelson, “The Magnificence of Man”, Ensign, janeiro de 1988, pp. 64–69; “Somos Filhos de Deus”, A Liahona, janeiro de 1999, pp. 101–104.



3. Ver Teachings of the Prophet Joseph Smith, pp. 349–350, 365.



4. Ver 2 Néfi 9:13; Alma 34:9; Abraão 3:22–27.



5. Ver Alma 42:8,16.



6. Ver Jarom 1:2; Alma 24:14; 42:5; Moisés 6:62.



7. Ver Jacó 6:8; Alma 12:25–34; 17:16; 18:39; 22:13; 29:2; 34:16,31;39:18; 42:11–13.


8. Ver Alma 41:2


9. Ver Alma 42:15,31; 2 Néfi 9:6


10. Ver 2 Néfi 11:5


11. Ver Apocalipse 14:16; D&C 27:5; 36:5; 68:1; 77:8–9, 11; 79:1;84:103; 99:1; 101:22, 39; 106:2; 109:29; 65; 124:88; 128:17; 133:36;135:3, 7; 138:19, 25, JS—H 1:34.



12. A revelação moderna afirma que Miguel (também conhecido por Adão; ver D&C 27:11; 107:54; 128:21) também participou do processo da criação.



13. Ver 2 Néfi 2:25; Moisés 6:48; TJS, Gênesis 6:49



14. Ver 2 Néfi 2:21–28.



15. “Discurso sobre Abbatôn proferido por Timóteo, Arcebispo de Alexandria”, em Coptic Martyrdoms etc. in the Dialect of Upper Egypt, comp. e trad. por E. A. Wallis Budge (1914), p. 482. Timóteo, Arcebispo de Alexandria, morreu em 385 d.C. Os colchetes estão incluídos na tradução inglesa de Budge.



16. Ver João 3:16; 10:14–15, 17–18.



17. Moisés 1:39.



18. Ver 3 Néfi 27:13


19. Para um estudo abrangente das profecias dos profetas a respeito de Cristo, ver D. Kelly Ogden e R. Val Johnson, “Todos os que Profetizaram a respeito de Cristo”, A Liahona, abril de 1994, pp. 10–18.


20. Ver 2 Néfi 9:20–27; Mosias 26:21–23; D&C 138:19.



21. Ver Moisés 3:5; 6:51.



22. Ver Gênesis 1:5–2:3.



23. Ver Moisés 2:5–3:3.


24. Ver Abraão 4:8–5:3.



25. Abraão comparou um dia no tempo do Senhor a mil anos. (VerAbraão 3:4.)



26. Ver Gênesis 1:1–5; Moisés 2:1–5; Abraão 4:1–5.



27. Ver Gênesis 1:6–8; Moisés 2:6–8; Abraão 4:6–8.



28. Ver Gênesis 1:9–13; Moisés 2:9–13; Abraão 4:9–13.



29. Ver Gênesis 1:14–19; Moisés 2:14–19; Abraão 4:14–19.



30. Ver Henry Eyring, “World of Evidence, World of Faith”, em Of Heaven and Earth: Reconciling Scientific Thought with LDS Theology, ed. e comp. David L. Clark (1998), p. 59.



31. Abraão 4:20–21.



32. Ver Gênesis 1:20–23; Moisés 2:20–23; Abraão 4:22–23.



33. Ver Gênesis 1:24–31; Moisés 2:24–31; Abraão 4:24–31.



34. Abraão 4:26–27.



35. Observe que o Senhor chamou o primeiro homem e mulher de “Adão”. (Ver Gênesis 5:2; Moisés 6:9.)



36. Gênesis 1:28; Moisés 2:28; ver também Abraão 4:28; TJS, Gênesis 1:30.



37. Ver Gênesis 2:1–3; Moisés 3:1–3; Abraão 5:1–3.



38. Ver Salmos 100:3.



39. Salmos 104:24.



40. Moisés 1:33; ver também D&C 76:23–24.



41. D&C 49:16.



42. Ver D&C 128:15.



43. Ver D&C 2:2–3; 49:17; 138:48; Joseph Smith — História 1:39.



44. Ver D&C 128:18.



45. D&C 101:32–34.



46. D&C 121:30–31.



47. Regras de Fé 1:10.



48. Ver Apocalipse 21:1; Éter 13:9; D&C 29:23–24.



49. D&C 84:109.



50. D&C 84:110.



51. D&C 84:110; ver também I Coríntios 12:14–26



52. Ver Salmos 116:15; Alma 42:8.



53. Ver D&C 59:20–21.



54. O Senhor confiou a Terra a nossos cuidados. Ele disse: "Porque é conveniente que eu, o Senhor, faça cada homem responsável como mordomo de bênçãos terrenas que fiz e preparei para minhas criaturas. Eu, o Senhor, estendi os céus e formei a Terra, obra de minhas mãos; e todas as coisas que neles há são minhas. E é meu propósito suprir a meus santos, pois todas as coisas são minhas”. (D&C 104:13–15; ver também Apocalipse 7:3.)



55. Ver João 13:34–35; 15:12; Romanos 12:10–13:8; Gálatas 5:13; I Tessalonicenses 4:9; I João 3:11–4:12; Mosias 4:15; D&C 88:123.



56. Ver TJS Mateus 6:38.



57. Ver Romanos 2:7; D&C 75:5; 128:12; 132:19–24.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Vídeos sobre a Criação

""O Senhor espera que acreditemos e compreendamos a verdadeira doutrina da Criação - a criação da Terra, do homem e de todas as formas de vida. " (Bruce R. McConkie, " Cristo e a Criação", A Liahona, setembro de 1 983, p. 22. )


1- O Elder Russell M. Nelson, do Quorum dos Doze Apóstolos, fala sobre a Criação:





2- O Elder Marvin J. Ashton, que serviu no Quorum dos Doze, faz uma declaração explicando que a Terra nada há de acidental na criação da Terra:


















3- Este pequeno filme resume também a criação. O vídeo esta legendado:




















4- O Vídeo abaixo não é oficial da Igreja. Esta completamente em inglês, sem legendas, mas é interessante pois une vários discursos de Autoridades Gerais.

The Creation. LDS Gospel Principles: Lesson 5. Audio used from LDS Prophets and leaders talks (President Spencer W. Kimball, President Gordon B. Hinckley, Elder Bruce R. McConkie, Elder Russell M. Nelson, Elder Dieter F. Uchtdorf, Elder David A. Bednar).





terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Haja luz

E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
Gênesis 1:3

É impossível imaginar a vida sem luz. Não falo apenas da luz física – mas também da luz espiritual – que preenche a imensidão do universo.

Nas escrituras a luz não esta unicamente relacionada, quanto a seu significado, aos astros luminosos – sol e estrelas – e nem a emissores de luz na Terra – como fogueiras, raios, velas e lâmpadas. A luz é indicada também como uma “energia divina, poder ou influência que procede de Deus através de Cristo e dá vida e luz a todas as coisas. É a lei pela qual todas as coisas são governadas no céu e na Terra” (GEE “Luz de Cristo”)

A palavra luz também se confunde ou se relaciona, nas escrituras, com: esperança, gloria, inteligência, verdade, chama, calor, Deus, planeta, astro, sol, estrela, bispo, intensidade, sacerdócio, brilho, ideia, criatividade, etc[1]. E isso porque a função da luz é, dependendo do contexto, dar ou  fazer com que haja vida, movimento, conhecimento, visão, poder, energia e intensidade.

Os cientistas hoje estão ainda lutando para entender o que é a luz. Primeiramente supunham que a luz era uma radiação eletromagnética – e, portanto, estudavam a propagação da luz por meio de ondas. Porém, “estudos que tentavam melhorar a eficiência da lâmpada comum deram origem à teoria quântica onde foi descoberto um dos aspectos mais interessantes da luz: sua dualidade onda/partícula. Não podemos realmente dizer que a luz é onda, e simplesmente ignorar que ela também é uma partícula.

Ela existe naturalmente em um estado chamado superposição quântica, o que significa que ela existe simultaneamente em todos estados possíveis, mesmo se forem contraditórios.” (Cesar Grossmann, http://hypescience.com/o-que-e-luz/).

A luz de Deus (que abrange, mas não se restringe a luz física, objeto de estudo dos cientistas) esta em toda parte. Mesmo que não levada em consideração nas pesquisas cientificas - esta luz divina é muito real. Quando Deus disse “haja luz”, fez com que sua influência e poder espirituais preenchessem este mundo escuro - e tal dom persiste para nosso bem.

A luz de Deus é a luz de Cristo. Jesus Cristo, simbólica e literalmente "é a luz e a vida do mundo; sim, uma luz sem fim, que nunca poderá ser obscurecida; sim, e também uma vida que é infinita, de modo que [por causa Dele] não pode mais haver morte." (Mosias 16:9)

O Élder John Taylor, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que Deus “fez com que a luz brilhasse sobre [a Terra] antes de o sol aparecer no firmamento. (Ver Moisés 2:3–4, 14–19]; porque Deus é luz, e Nele não há trevas. Ele é a lua do sol e o poder pelo qual o sol foi feito; Ele também é a luz da lua e o poder pelo qual ela foi feita; Ele é a luz das estrelas e o poder pelo qual elas foram feitas”. (Journal of Discourses, 18:327; ver também Apocalipse 21:23–25; D&C 88:7–13.)

ESTUDO ADICIONAL:
Elder TED E. BREWERTON, que serviu no Quórum dos Setenta, “Light” (este discurso esta em inglês – para uma tradução aproximada utilize o google tradutor).

Um programa interessante sobre a ciência por traz da luz: http://www.youtube.com/watch?v=7XoB1Gbw1GM



[1] Referências nas escrituras para palavra luz: clique aqui.

domingo, 5 de janeiro de 2014

O Poder da Palavra de Deus


E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
Gênesis 1:3


Deus é um ser inteligente – na realidade, é o mais inteligente de todos (Abraão 3:19). Ele é um homem exaltado[1]. E como homem perfeito é um ser que possui braços, pernas, olhos, nariz e boca. Ele fala.

Deus se comunica de maneira perfeita. Sua língua – que foi ensinada para o primeiro homem – e transmitida até época da Torre de Babel – e daí preservada pelos jareditas (até sua completa destruição em aproximadamente 600 a.C.) – foi descrita como sendo poderosa e dominante (Éter 12:24).

Todavia, se Deus precisasse dirigir-nos sua voz, Ele falaria “com evidente humildade, como um homem fala com outro, em [nossa] própria língua, a respeito [de nossas necessidades ou desejos]” (Éter 12:39).


João, o Amado, ao ver o Cordeiro de Deus disse que de sua boca saia um espada de dois gumes (Apocalipse 1:6). O apóstolo Paulo também discorreu a respeito do poder da palavra de Deus de maneira semelhante: "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4:12). Em Doutrina e Convênios o Senhor repetiu diversas vezes esse símbolo (D&C 6:2; 11:2; 12:2; 14:2; e 33:1), enfatizando que sua voz era viva e poderosa[2].

Alguns exemplos do poder da palavra de Deus são: a Criação ("Deus disse: Haja luz, e houve luz" - Gênesis 1:3); uma maldição pela iniquidade ("E eis que, se um homem ocultar um tesouro na terra e o Senhor disser - Amaldiçoado seja, em virtude da iniquidade daquele que o escondeu - eis que será amaldiçoado" - Helamã 12:18) e a bênção do poder selador ("Eis que tu és Néfi e eu sou Deus. Eis que te declaro, na presença de meus anjos, que terás poder sobre este povo e ferirás a terra com fome e com pestilência e destruição, segundo a iniquidade deste povo. Eis que te dou poder para que tudo quanto ligares na terra seja ligado no céu e tudo quanto desligares na terra seja desligado no céu; e assim terás poder entre este povo. E assim, se disseres a este templo que se fenda ao meio, será feito. E, se disseres a esta montanha: Desmorona e torna-te plana, assim se fará. E eis que, se disseres que Deus ferirá este povo, assim acontecerá. - Helamã 10:6-10)
"Sim, eis que, pela sua voz, tremem e estremecem as colinas e os montes. E, pelo poder de sua voz, desmoronam-se e tornam-se planos, sim, como um vale. Sim, pelo poder de sua voz treme toda a terra" (Helamã 12:9-11).

A "palavra toda-poderosa" de Deus "pode fazer com que a Terra deixe de existir" (1 Néfi 17:46). Em Salmos 29 aprendemos mais ainda sobre o poder da voz ou da palavra do Senhor: "A voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas. A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade. A voz do Senhor quebra os cedros; sim, o Senhor quebra os cedros do Líbano. Ele faz o Líbano saltar como um bezerro; e Siriom, como um filhote de boi selvagem. A voz do Senhor lança labaredas de fogo. A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades. A voz do Senhor faz as corças dar à luz, e desnuda as florestas; e no seu templo todos dizem: Glória!" (Salmos 29:3-9)

Entretanto essa voz poderosa não é "uma voz de trovão nem uma voz de ruído tumultuoso, mas eis que [é] uma voz mansa, de perfeita suavidade, semelhante a um sussurro que penetrava até o âmago da alma" (Helamã 5:30). É também descrita como semelhante a um "ruído de muitas águas" (D&C 101:3; Ezequiel 1:24, 43:2). É uma voz mansa e delicada (I Reis 19:12).

O Profeta Joseph Smith, em um discurso sobre fé, aprofundou nosso conhecimento do poder da palavra de Deus:

“Quando um homem realiza um trabalho pela fé, ele exerce um esforço mental em vez de força física. É por meio de suas palavras, e não de sua capacidade física, que todo ser que realiza seu trabalho pela fé executa sua obra. Deus disse: ‘Haja luz; e houve luz’. Josué falou, e as grandes luzes que Deus havia criado ficaram paradas. Elias, o profeta, ordenou, e os céus se contiveram pelo espaço de três anos e seis meses, de modo que não choveu. (…) Tudo isso foi feito pela fé. (…) O Salvador disse: ‘Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esse monte: “Passa daqui para acolá”, e há de passar; ou direis a esta amoreira: “Desarraiga-te daqui, e planta-te no mar”; e ela vos obedeceria’. A fé, portanto, opera por palavras; e por meio delas as suas vigorosas obras foram e serão realizadas(…). Toda a criação visível, como existe hoje, é fruto da fé. Foi por meio da fé que ela foi criada, e é pelo poder da fé que ela continua em sua forma organizada, e por meio dela os planetas giram em suas órbitas e irradiam sua glória.” (Lectures on Faith, pp. 72–73; ver também Mateus 17:20; Jacó 4:6, 9.)

Outro ponto a salientar – o qual pretendemos discorrer mais profundamente em uma futura oportunidade – é o fato de o Senhor Jesus Cristo ser chamado de A Palavra ou o Verbo. Como Deus Criador Ele é o agente principal do Pai, e, portanto, é aquele que realiza as obras do Governante Supremo.

O ÉlderJames E. Talmage ensinou que Jesus foi Aquele “pelo qual foi efetuada a vontade, mandamento ou palavra do Pai”. (Jesus, o Cristo, p. 33.)
“Ele [Jesus Cristo] representa o Pai Celestial da mesma forma que uma palavra representa uma ideia. Assim como uma palavra poderia ser considerada o mensageiro de uma coisa ou uma ideia, Cristo foi o mensageiro do Pai e de Seu evangelho, que é um plano de salvação para toda a humanidade.” (Manual do Aluno do Seminário: Curso Novo Testamento, pg. 76).

Estudo Adicional: Helamã 12: 7-23 e 3 Néfi 11:1-11



[1] “Uma das verdades abrangentes da Restauração é que Deus vive e habita nos céus, que Ele é um homem exaltado com um corpo de “carne e ossos” , e que ontem, hoje e sempre, Ele é o mesmo Deus imutável, a fonte de toda virtude e verdade.” (Bispo Keith B. McMullin, “Deus Ama Todos os Seus Filhos e Os Ajuda”,  http://www.lds.org/general-conference/print/2008/10/god-loves-and-helps-all-of-his-children?lang=por)
[2] O poder da palavra de Deus afeta tanto o corpo físico como o espírito que esta nele, por isso é poderosa ou eficaz. Ela tem um alcance tal que discerne os pensamentos e intenções da vontade do homem. É viva porque nos chega por revelação. Ela também divide "juntas e medulas", ou seja, mostra a verdade: o que é, e o que não é, o que foi, o que não foi, o que será e o que não será. Tal capacidade é essencial para que a voz de Deus exerça duas funções principais: nos convidar e nos advertir (3 Néfi 9:13-14).

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Sem forma e Espírito de Deus

E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Gênesis 1:2

O que significa a escritura quando disse que “a terra era sem forma e vazia”?
Abraão explica que “a Terra, depois de formada, estava vazia e desolada, porque eles [os Deuses] não haviam formado coisa alguma a não ser a Terra” (Abraão 4:2). Não havia oceanos, montanhas, plantas e animais – estava vazia, sem vida – e desolada – sem capacidade para receber vida. Estava envolvida com “águas”.

 No relato em Moisés (e também no de Abraão), na Pérola de Grande Valor, a palavra “terra” recebe letra maiúscula – “Terra” – deixando claro que a referência é para com o planeta inteiro.
“Depois que a Terra foi organizada e formada, ela não era, de forma alguma, sem forma e vazia; muito pelo contrário, como diz o texto hebraico e através do relato de Abraão, ela era 'vazia e desolada'. De fato, no ponto em que começa a descrição da preparação da terra para ser uma morada adequada para o homem, ela se encontrava envolvida pelas águas, sobre as quais o 'Espirito de Deus' se movia ou pairava. (Estas duas últimas palavras são ambas uma tentativa de traduzir o termo hebraico que descreve o que um pássaro ou galinha faz ao incubar e vigiar seus ovos no ninho!)
"A força criadora, aqui chamada de 'Espírito de Deus', que age sobre o s elementos no sentido de formá-los e prepará-los para suster a vida sobre a terra, pode ser a mesma encontrada em Doutrina e Convênios, chamada de 'Luz de Cristo'. (D&C 88:7-13) É óbvio que o Filho exerceu esse poder, sob as ordens do Pai, conforme podemos ver também através de escrituras como João 1:1-4 e Hebreus 1:1-2 . (Ver também Helamã 12:8-14 e Jacó 4:6-9)" (Rasmussen, Introduction to the Old Testament, Vol. 1, p. 11)
Percebo ao menos duas formas de aplicarmos este versículo em nossa própria vida. Primeiro para nos mostrar a grandiosidade do Deus em quem confiamos – e segundo (intimamente ligado ao primeiro significado): para nos dar esperança.
O Deus Todo-Poderoso é Onipotente e Onipresente. As escrituras dizem que Deus “compreende todas as coisas e todas as coisas estão diante dele e todas as coisas estão ao seu redor; e ele está acima de todas as coisas e em todas as coisas e através de todas as coisas e ao redor de todas as coisas; e todas as coisas existem por ele e dele, sim, Deus, para todo o sempre.” (D&C 88:41). Deus até mesmo “controlas e sujeitas o diabo e o escuro e tenebroso domínio de Seol” (D&C 121:4) – não no sentido que é responsável pelo mal, mas no sentido de que seu olho tudo vê – e que seu poder limita o demônio.
Isso deve ser motivo de grande alegria para todos, porque embora estejamos em um período de provações, o Senhor não permitirá que sejamos tentados por Satanás acima do que podemos suportar (I Coríntios 10:13).

A luz divina de Deus esta em toda parte – “pairando”, como no princípio do mundo – para cuidar, nutrir, vivificar, confortar, inspirar, guiar e abençoar. E por isso não devemos perder as esperanças se as trevas nos envolverem, ou envolverem pessoas a quem amamos, afinal depois de muitas tribulações vem às bênçãos (Mosias 23:10, 27:28; D&C 58:3, 112:13).~



PARA APROFUNDAR O ASSUNTO:

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Quem criou a Terra?

No princípio criou Deus o céu e a terra.
Gênesis 1:1

Algumas pessoas acreditam que a Terra foi criada por acaso e que a humanidade surgiu pela combinação acidental dos elementos certos ao longo de milhões de anos. Em resposta, um escritor disse:

“Quando você puder jogar um monte de tijolos numa esquina, e eu puder observá-los organizarem-se para formar uma casa—quando você puder derramar um punhado de molas, rodas e parafusos em minha mesa, e eu puder observá-los juntarem-se para formar um relógio—[então] será mais fácil para mim acreditar que todos esses milhares de mundos poderiam ter sido criados, equilibrados e colocados em movimento em suas diversas órbitas, tudo isso sem a ação de nenhuma inteligência dotada de propósito.


Além disso, se não existe inteligência no universo, então o universo criou algo maior do que ele próprio, pois ele criou você e eu”. (Bruce Barton, E. Ernest Bramwell, comp. Old Testament Lessons [curso do seminário de 1934], p. 4.)

Deus o Pai é o Criador Supremo. Todavia, as escrituras e revelações ensinam que Ele presidiu o trabalho, e não necessariamente realizou a obra sozinho.

Na Pérola de Grande Valor há um versículo introdutório no relato de Criação que contribui para este entendimento:

“E aconteceu que o Senhor falou a Moisés, dizendo: Eis que eu te revelo o que concerne a este céu e a esta Terra; escreve as palavras que eu digo. Eu sou o Princípio e o Fim, o Deus Todo-Poderoso; por meio de meu Unigênito eu criei estas coisas; sim, no princípio criei o céu e a Terra sobre a qual estás.” (Moisés 2:1)

Deus, o Pai criou esta Terra através de seu Unigênito. O Unigênito é Jesus Cristo (Moisés 1:6, João 1:18, D&C 49:5, 2 Néfi 25:12) – porque Ele é o único que nasceu na mortalidade como filho de Deus, o Pai.

Aprendemos essa verdade na Bíblia também:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. (João 1:1-4)

Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. (João 1:10)

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:14)

Paulo prestando testemunho de Jesus Cristo disse: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.” (Colossenses 1:16)

Abinádi disse que Jesus Cristo é um com o Pai Celestial – e é, portanto, considerado “o próprio Pai Eterno do céu e da Terra.” (Mosias 15:4).

O Rei Benjamim foi um dos profetas que deixou essa doutrina mais clara. Ao profetizar ele disse: “E ele chamar-se-á Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Pai dos céus e da Terra, o Criador de todas as coisas desde o princípio; e sua mãe chamar-se-á Maria.” (Mosias 3:8)

Ao criar a terra, Jeová[1], ou Cristo, foi ajudado por Miguel . O Élder Bruce R. McConkie nos explica quem era Miguel:

"Nosso grande príncipe, Miguel, conhecido na mortalidade como Adão, é o segundo após Cristo no plano de salvação e progresso eterno. Na existência pré-mortal Miguel foi o mais inteligente e mais poderoso filho espiritual de Deus, com exceção apenas do Primogênito, sob a direção e conselhos de quem ele trabalhou, e recebeu a missão de vir a esta terra. ' Ele é o pai da família humana e preside sobre os espíritos de todos os homens.’ O nome Miguel aparentemente, e com toda a propriedade, significa 'alguém que é semelhante a Deus'. " Miguel desempenhou um papel importante na criação da terra, sendo superado apenas por Jesus Cristo." (Mormon Doctrine, p. 491)

Abraão registra que, entre muitos espíritos pré-mortais "nobres e grandes", havia um "que era semelhante a Deus", que disse a eles: "Desceremos... e tomaremos destes materiais e faremos uma terra onde estes possam morar." (Abraão 3:22, 24) Esta passagem sugere que outros personagens , além de Miguel, ajudaram na Criação . O Élder Joseph Fielding Smith ensinou:

"É verdade que Adão ajudou a formar esta terra, trabalhando com nosso Salvador Jesus Cristo. Tenho uma forte impressão ou convicção de que havia outros que também ajudaram. Quem sabe Noé e Enoque; e por que não Joseph Smith, e os designados para governantes antes de a terra ser formada? " (Abraão 3:24.) (Doutrinas de Salvação, Vol. I, p. 82)

O Élder Bruce R. McConkie explicou também: “No sentido final e definitivo da palavra, o Pai é o Criador de todas as coisas. O fato de Ele ter usado o Filho e outros para realizar muitos dos atos criativos, delegando a eles Seu poder de criação, não faz desses outros criadores por direito próprio, independentes Dele. Ele é a fonte de todo o poder de criação, e simplesmente escolhe outros para agir por Ele em muitos de Seus empreendimentos criativos”. (A New Witness for the Articles of Faith, p. 63.)

Essas declarações e passagens são corroboradas por um versículo de Abraão: “E então o Senhor disse: Desçamos. E eles desceram no princípio; e eles, isto é, os Deuses, organizaram e formaram os céus e a Terra.” (Abraão 4:1).
         
           Entendemos que Abraão disse "Deuses" porque entendia que esta Terra não foi criada por um único personagem. Em Salmos 82:6 lemos: “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.” Jesus utilizou-se desta passagem para explicar Sua divindade a seus acusadores (João 10:34). O fato de sermos filhos de Deus nos torna deuses em perspectiva. Essa doutrina tão sublime é hoje unicamente defendida pelos santos dos últimos dias[2]. Os filhos de Deus, o Pai, que participaram da Criação, sob Sua supervisão, eram deuses – não como Ele – um Ser exaltado e perfeito em todos os aspectos – mas Seus filhos com um potencial eterno. Na visão altruísta de Deus, o Pai – na qual todas as coisas estão diante Dele – passado, presente e futuro – somos verdadeiramente deuses – seres que vencerão o mundo por meio da Expiação e estarão com Ele para eternidade.

PARA APROFUNDAR O ASSUNTO:
" O Cosmo de Nosso Criador" - Elder Neal A. Maxwell



[1] “O nome do convênio, ou nome do Deus de Israel. Ele significa “o eterno EU SOU” (Êx. 3:14; Jo. 8:58). Jeová é o Jesus Cristo pré-mortal que veio à Terra como filho de Maria (Mos. 3:815:13 Né. 15:1–5). Geralmente, quando a palavraSenhor aparece no Velho Testamento, se refere a Jeová.
Jeová era conhecido pelos antigos profetas (Êx. 6:3; Abr. 1:16). O apóstolo Paulo ensinou que Cristo era o Jeová do Velho Testamento (Êx. 17:6; I Cor. 10:1–4). No Livro de Mórmon, o irmão de Jarede viu Cristo antes de haver este nascido e adorou-o (Ét. 3:13–15). Morôni também chamou Cristo de Jeová (Morô. 10:34). No Templo de Kirtland, Joseph Smith e Oliver Cowdery viram Jeová ressuscitado (D&C 110:3–4).” (fonte: http://www.lds.org/scriptures/gs/jehovah?lang=por)

[2] Parte da explicação dessa doutrina se encontra no manual “Princípios do Evangelho”: Quando vivíamos com o Pai Celestial, Ele nos explicou um plano para o nosso progresso. Poderíamos nos tornar como Ele, um ser exaltado. O plano exigia que saíssemos de Sua presença e viéssemos para a Terra. Essa separação era necessária para provar se continuaríamos a obedecer aos mandamentos do Pai, embora afastados de Sua presença. De acordo com o plano, quando cessasse a vida terrena, seríamos julgados e recompensados de acordo com nosso grau de fé e obediência. (...)
Exaltação é vida eterna, o tipo de vida que Deus vive. Ele habita em grande glória, é perfeito, possui todo o conhecimento e toda a sabedoria. É o Pai de filhos espirituais e é um criador. Podemos tornar-nos como o Pai Celestial, e isso é exaltação.
Se provarmos nossa fidelidade ao Senhor, viveremos no mais alto grau do reino celestial e seremos exaltados para viver com nosso Pai Celestial em uma família eterna. A exaltação é o maior dom que o Pai Celestial pode dar a Seus filhos (ver D&C 14:7). (...)
O Profeta Joseph Smith ensinou: “Quando subimos uma escada, somos obrigados a começar de baixo e subir degrau por degrau, até chegar ao alto; o mesmo acontece com os princípios do Evangelho — devemos começar com o primeiro, e continuar subindo até que tenhamos aprendido todos os princípios de exaltação. Mas só muito tempo depois de termos passado pelo véu é que os aprenderemos. Não compreenderemos tudo neste mundo; teremos muito trabalho para aprender nossa salvação e exaltação, mesmo depois da morte” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 280).
Joseph Smith [também] ensinou: “O primeiro princípio do evangelho é conhecermos com toda a certeza o caráter de Deus.(…) Ele já foi um homem como nós; (…) o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou sobre uma Terra, tal como o próprio Jesus Cristo o fez”
(Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, comp. por Joseph Fielding Smith, 1976, p. 336).
O Pai Celestial conhece nossas provações, nossas fraquezas e nossos pecados. Ele tem compaixão e misericórdia de nós e deseja que sejamos bem-sucedidos como Ele foi.
Imaginem a alegria que cada um de nós terá quando voltarmos ao Pai Celestial e pudermos dizer: “Pai, fiz tudo de acordo com a Tua vontade, fui fiel e guardei todos os Teus mandamentos. Estou feliz por voltar para casa”. Então, nós O ouviremos dizer: “Bem está, (…) sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:23).” (capítulo 47, pg. 285-290).